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ONU alerta para alta nos assassinatos de trabalhadores humanitários em 2024

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Em 2024, um número sem precedentes de 383 trabalhadores humanitários foram assassinados, conforme relatado pela ONU nesta terça-feira (18). A organização destacou a indiferença global e a ausência de punições para esses crimes.

Esse total representa um aumento de 31% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelos violentos conflitos em Gaza, que resultaram na morte de 181 trabalhadores humanitários, e no Sudão, onde 60 pessoas perderam a vida.

De acordo com a ONU, os Estados foram os principais responsáveis por esses ataques ao longo de 2024. Muitas vítimas eram trabalhadores locais, que foram atacados enquanto desempenhavam suas funções ou mesmo em suas residências.

Além das mortes, 308 trabalhadores humanitários ficaram feridos, 125 foram sequestrados e 45 detidos no mesmo período.

Tom Fletcher, subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, declarou: “Um ataque a um colega humanitário é um ataque a todos nós e às pessoas que servimos”.

Ele também criticou a falta de punições, afirmando que “ataques nessa escala, sem nenhuma responsabilização, são uma vergonhosa demonstração de inação e indiferença internacional”.

De acordo com os dados provisórios do banco de segurança de trabalhadores humanitários, até 14 de agosto de 2024, 265 desses profissionais foram mortos.

A ONU ressaltou que tais ataques violentam o direito internacional humanitário e comprometem os meios de sobrevivência de milhões de pessoas que vivem em áreas de guerra e desastre.

O Dia Mundial da Ajuda Humanitária foi estabelecido para recordar o atentado de 2003 contra a sede da ONU em Bagdá, onde o então Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, junto a outros 21 trabalhadores humanitários, perderam a vida.

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