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ONU alerta que plano de Trump para Gaza pode aumentar opressão

Dezenas de especialistas das Nações Unidas expressaram preocupação nesta sexta-feira (3) sobre pontos centrais do plano de paz apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a Faixa de Gaza. Eles afirmam que o plano viola a lei internacional e pode agravar a repressão contra os palestinos.
“Impor uma paz imediata sem considerar a lei e a justiça é caminho certo para mais injustiça, violência e instabilidade”, alertaram os 35 especialistas das Nações Unidas em um comunicado oficial.
O grupo, indicado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, manifestou que acolhe algumas partes do plano de paz. Eles aprovam solicitações para um cessar-fogo duradouro, a libertação rápida dos reféns e o fornecimento de assistência humanitária. Também apoiam medidas para evitar deslocamentos forçados, impedir anexações de territórios e exigir a retirada das forças israelenses.
No entanto, os especialistas ressaltam que outras propostas no plano contradizem princípios básicos do direito internacional. Eles criticam a ideia de criar uma autoridade transitória em Gaza, liderada diretamente por Donald Trump, lembrando práticas coloniais que devem ser rejeitadas.
Além disso, eles destacam que uma força internacional de estabilização substituiria a ocupação israelense por uma nova ocupação norte-americana, o que fere o direito dos palestinos à autodeterminação.
O grupo também declara inaceitável a permanência indefinida de uma ocupação parcial israelense em zonas de Gaza.
Especialistas como Francesca Albanese, relatora especial para os direitos nos territórios palestinos, enfatizam que qualquer acordo de paz deve respeitar a autonomia palestina e evitar criar novas formas de opressão.

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