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ONU chama ataque israelense a jornalistas no Líbano de crime de guerra

Morris Tidball-Binz, relator especial das Nações Unidas sobre execuções sumárias e arbitrárias, definiu como crime de guerra o ataque ocorrido em 13 de outubro de 2023, no sul do Líbano, que resultou na morte de um fotógrafo da Reuters e feriu outros jornalistas, incluindo dois profissionais da AFP.
Segundo Tidball-Binz, o ataque foi intencional e direcionado, representando uma clara violação do direito internacional humanitário. Ele também chamou atenção para a perda de mais de 1.100 vidas de mulheres e crianças no Líbano durante os confrontos prolongados entre Israel e o Hezbollah.
Entre as vítimas, estava o fotógrafo Issam Abdallah, da Reuters, que morreu, e seis jornalistas ficaram feridos, incluindo Dylan Collins e Christina Assi, ambos da AFP. Christina Assi sofreu uma amputação na perna direita devido aos ferimentos.
Uma investigação indicou que o impacto foi causado por projétil de tanque de 120 mm, calibre usado exclusivamente pelo Exército israelense, que negou ter mirado diretamente nos jornalistas e afirmou que o alvo do ataque eram combatentes do Hezbollah. O exército também declarou estar investigando o ocorrido.
Tidball-Binz ressaltou que em outro incidente, em outubro de 2024, três jornalistas foram mortos durante um bombardeio em uma residência claramente identificada como local de trabalho, o que ele considerou inaceitável pelas Forças de Defesa de Israel.
Embora um cessar-fogo tenha sido estabelecido em novembro para encerrar a guerra aberta entre Israel e Hezbollah, os ataques esporádicos de Israel continuam, alegadamente visando membros e posições do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.

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