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ONU condena violência em Gaza em nova ofensiva israelense

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António Guterres, secretário-geral da ONU, denunciou nesta quinta-feira (28) uma situação de crimes contínuos em Gaza, onde autoridades locais reportaram ao menos 31 mortos em ataques realizados por Israel ao longo do dia.

Com as forças israelenses se preparando para tomar o controle da Cidade de Gaza, organizações humanitárias alertam sobre os impactos devastadores desta campanha militar no território palestino, onde a maioria dos dois milhões de moradores já sofreu deslocamentos desde o início do conflito.

“Gaza encontra-se repleta de destruição, vítimas e indícios claros de possíveis violações sérias das leis internacionais”, declarou Guterres, pedindo que os responsáveis sejam levados à justiça.

No mesmo dia, imagens mostraram grandes colunas de fumaça nos céus da capital de Gaza, após bombardeios nos arredores pela força aérea israelense.

Uma moradora refugiada, Aya Daher, relatou ferimentos para si e familiares devido aos bombardeios ininterruptos, enquanto buscava abrigo do lado de fora de um hospital local.

Filas de palestinos carregando pertences eram vistas fugindo para o sul da cidade, em busca de segurança.

Deslocamento e mortos

A Defesa Civil de Gaza informou que os ataques causaram a morte de pelo menos 31 pessoas, incluindo seis que foram baleadas ao esperar por ajuda humanitária.

O exército israelense afirmou que necessita de informações detalhadas para investigar os incidentes, ao mesmo tempo em que justifica as ações contra grupos que considera terroristas na região.

A comunicação com Gaza é limitada devido a restrições, o que dificulta a verificação independente dos fatos.

Israel anunciou que vai intensificar as operações militares contra o Hamas na Cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que preparações são feitas para deslocar a população para áreas mais seguras no sul.

Crise humanitária agravada

Segundo a ONU, cerca de um milhão de pessoas vivem na área administrativa da Cidade de Gaza e seus arredores.

A diretora do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, classificou a situação local como crítica após visita, ressaltando que a fome e o desespero atingiram níveis alarmantes, e pediu a reabertura urgente dos pontos de distribuição de alimentos.

A ONU declarou estado de fome em Gaza na semana anterior, acusando Israel de bloqueio sistemático à ajuda humanitária. Israel acusa o Hamas de desviar essa ajuda e mantém restrições severas na região.

Distribuições humanitárias geridas por aliados de Israel têm gerado caos e violência durante a entrega, com relatos preocupantes de desaparecimentos forçados ocorridos durante tentativas de obtenção de comida.

Contexto do conflito

O conflito atual remonta ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em mais de mil mortes, principalmente civis, conforme dados oficiais.

Como resposta, as ações militares israelenses em Gaza causaram a morte de dezenas de milhares de pessoas, majoritariamente civis, segundo informações do Ministério da Saúde palestino, números aceitos também pela ONU.

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