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ONU destaca necessidade de remover barreiras para ajudar Gaza

Para avançar de forma efetiva em Gaza, não é suficiente apenas cessar as hostilidades; é crucial remover os impedimentos para a entrega de ajuda humanitária, declarou nesta quinta-feira (9) o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Após forte pressão do presidente americano, Donald Trump, Israel e o grupo palestino Hamas concordaram com um cessar-fogo e a liberação de reféns.
Em entrevista à imprensa, Guterres reforçou seu apelo para que todas as partes cumpram integralmente os termos do acordo.
Ele ressaltou que para que o cessar-fogo resulte em progresso real, há necessidade de mais do que simplesmente silenciar as armas. A ONU vinha alertando por meses sobre a obstrução da ajuda por parte de Israel.
“É necessário garantir acesso pleno, seguro e sustentável aos trabalhadores humanitários, eliminar a burocracia e outros obstáculos, além de reconstruir a infraestrutura destruída”, frisou.
As Nações Unidas estão preparadas para oferecer total suporte e, junto com seus parceiros, prontas para agir imediatamente, aproveitando sua experiência, redes de distribuição e relações locais para implementar a ajuda necessária.
Os suprimentos já estão disponíveis, e as equipes estão em prontidão para ampliar a assistência nas áreas de alimentação, água, saneamento e abrigo emergencial, enfatizou Guterres, ressaltando também a necessidade de maior financiamento.
Na semana anterior, o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, anunciou que 170 mil toneladas de alimentos, medicamentos, abrigos e outros itens essenciais estavam estocados próximos à Faixa de Gaza, prontos para serem encaminhados.
Além disso, Guterres pediu que este momento seja usado para construir um caminho político verdadeiro, visando o fim da ocupação, o reconhecimento do direito do povo palestino à autodeterminação e a implementação da solução de dois Estados.
“Este acordo representa um raio de esperança tanto para israelenses quanto para palestinos, que deve se transformar no início da paz e no fim dessa guerra devastadora”, concluiu.

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