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ONU divulga lista atualizada de empresas ligadas a assentamentos israelenses com 158 nomes

A ONU publicou nesta sexta-feira (26) uma atualização da relação de empresas envolvidas no desenvolvimento de assentamentos israelenses nos Territórios Palestinos, considerados ilegais pelo direito internacional, com um total de 158 companhias, a maioria israelenses.
Empresas como Booking.com, Motorola Solutions e Trip Advisor permanecem na lista, embora sete companhias tenham sido removidas, entre elas a espanhola eDreams e a fabricante ferroviária francesa Alstom.
O relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos inclui 68 novas empresas em relação ao registro de 2023.
“O relatório evidencia a responsabilidade das empresas que operam em contextos de conflito para assegurar que suas atividades não infrinjam os direitos humanos”, ressaltou o Alto Comissariado em comunicado.
A maior parte das empresas tem sede em Israel, mas outras são originárias do Canadá, China, França, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
A lista foi inicialmente divulgada em 2020 pelo Alto Comissariado, conforme resolução do Conselho de Direitos Humanos aprovada em março de 2016, que solicitava a criação de um banco de dados com todas as empresas envolvidas em atividades relacionadas à construção e desenvolvimento de assentamentos israelenses na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Este banco de dados não é exaustivo por limitações de recursos; o Alto Comissariado investigou 215 empresas das 596 informações recebidas.
Na primeira publicação, o Alto Comissariado destacou que esta lista não constitui um processo judicial ou quase judicial, contrariando temores israelenses de que seria usada para campanhas de boicote.
Embora prevista para atualizações anuais, a ONU não tinha conseguido manter essa frequência até agora.
Em 2023, foi divulgada uma lista atualizada contendo 97 empresas, mas sem avaliação para acréscimos.
A versão publicada nesta sexta é a primeira atualização integral desde 2020.
Na ocasião, Israel e Estados Unidos repudiaram fortemente a criação deste banco de dados. O Ministério das Relações Exteriores israelense classificou a ação como uma “concessão vergonhosa à pressão de países e organizações que objetivam prejudicar Israel”.

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