Economia
Open Finance atinge até 4 bilhões de chamadas semanais em 2025, diz BC

O Open Finance alcançou recentemente picos de até quatro bilhões de chamadas semanais entre instituições financeiras para o compartilhamento de dados dos clientes, conforme informou nesta segunda-feira, 8, o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan.
Essas conexões são realizadas através de APIs (interfaces de programação de aplicações), permitindo que as instituições compartilhem informações dos clientes que aderiram ao sistema de Open Finance.
Gilneu Vivan explicou que, em 2023, o sistema processava cerca de 1 bilhão de chamadas por semana; em 2024, este número dobrou para 2 bilhões; e agora, em 2025, já chegam a 4 bilhões em picos semanais. Isso demonstra o avanço e maior participação no processo.
O crescimento do Open Finance está ligado ao aprendizado dos agentes financeiros sobre como utilizar melhor o consentimento dos clientes para compartilhar seus dados entre instituições.
Vivan ressaltou que os bancos e demais participantes entenderam que o Open Finance não é um serviço isolado, mas uma plataforma que deve oferecer vantagens aos clientes para que seja efetiva. Ele destacou que a confiança no sistema e a maturidade da plataforma permitiram o desenvolvimento de diversos produtos acessíveis agora a uma população maior, não apenas aos grandes clientes.
No Brasil, a construção do Open Finance envolveu uma colaboração significativa entre o regulador e os agentes do mercado, visando um equilíbrio que favoreça tanto o mercado quanto os consumidores.
De acordo com Gilneu Vivan, o crescimento do sistema é impressionante: quase 50% entre 2023 e 2024 e cerca de 60% em 2025. Ele atribui esse sucesso à aceitação ampla da digitalização pela sociedade brasileira e ao papel do Pix na redução da resistência do público aos serviços digitais, gerando maior confiança no compartilhamento de dados financeiros.
Vivan enfatizou a relação próxima entre o Banco Central e o mercado no modelo brasileiro de Open Finance, o que favorece um ambiente dinâmico para inovação e desenvolvimento de novos produtos.
O diretor também mencionou que futuros avanços no projeto incluem a expansão para novas áreas, como portabilidade de crédito e contas salário.
Além disso, Gilneu Vivan destacou o potencial para incluir pessoas jurídicas no sistema, embora haja desafios jurídicos a serem superados para tornar essa inclusão mais fluida.

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