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Economia

Opep+ irá elevar produção de petróleo em 137 mil barris por dia

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Arábia Saudita, Rússia e mais seis nações que compõem a Opep+ resolveram ampliar sua produção de petróleo em 137 mil barris diários a partir de outubro, conforme anunciado pelo grupo neste domingo (7).

Essa decisão dos oito países marca a continuação da estratégia iniciada em abril para recuperar as cotas de mercado, surpreendendo analistas do setor.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), que por muito tempo lutou para segurar a queda dos preços reduzindo a produção, mudou sua postura desde abril, aumentando rapidamente suas cotas.

Os membros Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Omã e Argélia já haviam elevado a produção em 2,2 milhões de barris diários nos meses anteriores, e agora começam um novo ciclo que pode adicionar até 1,65 milhão de barris por dia ao mercado.

“Esse potencial restabelecimento de até 1,65 milhão de barris diários poderá acontecer de forma gradual e parcial, dependendo de como o mercado evoluir”, disse o grupo em nota oficial.

Normalmente, no último trimestre do ano, a demanda por petróleo cai, e por isso especialistas previam que a Opep+ manteria estável a produção em outubro para evitar excesso de oferta e queda dos preços.

De acordo com Jorge León, analista da Rystad Energy, “o aumento será menor devido aos limites e mecanismos internos da Opep+, pois alguns países precisam compensar excessos passados”.

Entretanto, ele alerta que essa mensagem pode pressionar o preço do barril de petróleo para cair abaixo de 60 dólares.

Na última sexta-feira, o petróleo Brent, referência mundial, fechou em torno de 65 dólares por barril.

Especialistas acompanham de perto a guerra na Ucrânia e as relações entre Washington e Moscou.

A Rússia depende dos preços elevados para sustentar seus gastos militares, mas enfrenta pressões dos EUA e Europa contra seu setor petrolífero.

Recentemente, o governo americano aplicou tarifas extras sobre produtos da Índia como punição por compra de petróleo russo.

Um porta-voz da Casa Branca lembrou que durante uma reunião com líderes pró-Ucrânia, o presidente Donald Trump pediu que a Europa interrompesse importações de petróleo da Rússia, citando países como Hungria e Eslováquia.

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