Economia
Opep prevê queda na produção de petróleo do Brasil em agosto, mas mantém expectativas para 2025 e 2026

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) indica que a produção total de combustíveis líquidos no Brasil diminuiu em 68 mil barris por dia (bpd) durante o mês de agosto, chegando a 4,7 milhões de bpd, afastando-se do recorde de 4,8 milhões de bpd registrado em julho. Essa redução corresponde à baixa de 68 mil bpd na produção total de petróleo do país, alcançando 3,9 milhões de bpd, conforme o relatório mensal divulgado pelo cartel.
Apesar dessa queda, a Opep manteve suas projeções para a oferta de combustíveis líquidos no Brasil para este ano e para o próximo. Para 2025, a expectativa é de um aumento de aproximadamente 230 mil bpd, chegando a uma média de 4,4 milhões de bpd. Em 2026, o crescimento deve continuar, com um acréscimo previsto de 160 mil bpd, totalizando 4,5 milhões de bpd. Esses números permanecem os mesmos desde a última avaliação em julho.
O Brasil permanece entre os quatro países fora da Opep com maior potencial para impulsionar o crescimento da oferta global de combustíveis líquidos em 2025 e 2026, ao lado dos Estados Unidos, Canadá e Argentina.
Crescimento econômico
A Opep também manteve suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos dois anos. O relatório aponta que o PIB do Brasil crescerá 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026, embora haja riscos de redução devido às altas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e aos desafios relacionados ao déficit fiscal.
Além disso, o cartel projetou que a inflação permanecerá elevada, por volta de 5% em 2025. Considerando a ata de setembro do Banco Central do Brasil, a Opep espera que a taxa de juros Selic se mantenha estável pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2026.

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