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Operação do Mpsp investiga rede Boxter com suspeita de ligação ao PCC

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Uma operação recente revelou uma rede de postos de gasolina em São Paulo que estaria envolvida com o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme as investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Parte dos investigados na operação, que desvendou um esquema de lavagem de dinheiro bilionário, tem ligação com a Rede Boxter. Esta empresa é suspeita de usar técnicas de proteção patrimonial para comprar postos de gasolina, imóveis e veículos.

O esquema criminoso no setor de combustíveis, descoberto em uma megaoperação que contou com a participação da Receita Federal e do Gaeco, usava fintechs para realizar lavagem de dinheiro. Uma dessas instituições, considerada um “banco paralelo”, movimentou cerca de R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024 sem rastreamento.

Indivíduos ligados à Rede Boxter, liderada por Natalício Pereira Gonçalves Filho e seus filhos, foram alvos da operação. Entre eles está Renan Cepeda Gonçalves, preso na operação Rei do Crime, que teria transferido diversos postos para nomes de terceiros como fachada.

A irmã de Renan, Natália Cepeda, é sócia em várias empresas relacionadas ao grupo, com atuação em setores que vão dos combustíveis a holdings. A investigação sugere que ela também utilizava práticas para ocultar propriedade, incluindo postos registrados em seu nome em endereços associados à rede.

O MPSP também aponta ligação da rede com José Carlos Gonçalves, conhecido como “Alemão”, suspeito de financiar e lavar dinheiro do tráfico de drogas e alvo da operação.

Outros alvos incluem Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme, apontados como operadores centrais do esquema, com vínculos a empresas como Aster e Copape, e também a gestores financeiros de instituições envolvidas no esquema.

Além de pessoas físicas, várias instituições financeiras e empresas ligadas ao setor de combustíveis, conveniência e investimentos também são alvos de mandados de busca e apreensão.

O esquema consistia na importação irregular de metanol, que era desviado para postos de combustíveis, para adulterar o produto vendido ao consumidor final. As operações aconteceram em vários estados, com cerca de 350 mandados cumpridos.

Segundo as autoridades, os donos de postos foram coagidos a vender seus negócios para integrantes do PCC. Muitos não receberam os pagamentos devidos e passaram a ser ameaçados caso tentassem cobrar os valores.

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