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Operação prende 6 pessoas e apreende R$ 2 milhões em esquema de corrupção

Uma operação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta terça-feira (12/8) resultou na prisão de seis indivíduos e na apreensão de milhões em dinheiro, bens, relógios caros e esmeraldas, em uma investigação sobre um esquema bilionário de fraude no ICMS.
Os principais envolvidos são Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, que supostamente recebeu cerca de R$ 1 bilhão em propina para facilitar o esquema dentro da Secretaria Estadual da Fazenda.
Outros três detidos incluem um funcionário do Fisco estadual e um casal acusado de lavagem de dinheiro. Entre os bens apreendidos estão R$ 1,5 milhão em dinheiro, R$ 200 mil em criptomoedas, relógios avaliados em R$ 8 milhões, pacotes de esmeraldas, além de dólares e euros.
Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização da Fazenda estadual, é considerado o principal operador do esquema, com contato direto com os empresários e recebendo propina por meio de uma empresa vinculada a sua mãe, de 73 anos. A fraude envolvia a emissão de créditos de ICMS com valores inflacionados, em operação desde 2021.
Prisões foram feitas em diversas localidades, incluindo Ribeirão Pires, Santa Isabel, zona norte de São Paulo, São José dos Campos e Alphaville. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de mais quatro prisões decretadas durante o decorrer da investigação.
Detalhes da Operação Ícaro
- Artur Gomes da Silva Neto: auditor e supervisor da Secretaria da Fazenda.
- Sidney Oliveira: dono da Ultrafarma, preso em Santa Isabel.
- Mário Otávio Gomes: diretor da Fast Shop, detido na capital.
- Marcelo de Almeida Gouveia: auditor assistente na fraude.
- Celso Éder Gonzaga e Tatiana de Araújo: casal envolvido na lavagem de dinheiro.
Descoberta do esquema
A investigação começou a partir da identificação do envolvimento de Celso Éder em outra operação contra estelionato. Isso levou à descoberta de uma empresa usada para lavagem de dinheiro. A Smart Tax Consultoria, vinculada à mãe de Artur Gomes, teve seu faturamento aumentado drasticamente sem estrutura aparente, sendo usada para recebimento ilícito de valores.
Modus operandi
Artur Gomes manipulava processos administrativos para garantir a aprovação de créditos tributários inflacionados às empresas beneficiadas, como Ultrafarma e Fast Shop, recebendo propinas em troca. O procedimento facilitava ressarcimentos fraudulentos acima dos valores reais, comprometendo a arrecadação do Estado.
Posicionamento dos envolvidos
A Secretaria da Fazenda do Estado informou que está investigando internamente e colaborando com o Ministério Público para apurar a conduta dos servidores. A Fast Shop declarou estar colaborando com as autoridades, enquanto Ultrafarma e demais citados ainda não se manifestaram.

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