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Oposição critica proteção a irmão de Lula na CPI do INSS em operação da PF
Parlamentares de oposição manifestaram descontentamento nesta quinta-feira, acusando a CPI do INSS de proteger algumas pessoas envolvidas na investigação de fraudes em aposentadorias e pensões. Entre os mencionados está José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade que a Polícia Federal está investigando na Operação Sem Desconto, que apura descontos indevidos.
Os protestos ocorreram no início da sessão no mesmo dia em que a PF iniciou uma nova fase da operação, envolvendo busca e apreensão a José Carlos Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) declarou: “É necessário expor quem tenta proteger. Aqueles que dizem querer investigar, mas na hora de votar escolhem proteger. Que mudem essa postura e votem conforme a verdade, sem blindar investigados como Frei Chico e outros.”
No mês anterior, a base do governo conseguiu impedir a convocação de Frei Chico para depor na CPI.
O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também comentou sobre tentativas de proteção e mencionou o irmão do presidente: “Não adianta tentar proteger na CPMI porque há outras investigações em andamento. Muitas pessoas precisam ser esclarecidas, independentemente de bandeira ideológica. Cito Paulo Boudens (servidor do Senado e ex-assessor de Davi Alcolumbre), Danielle Fonteles (publicitária do PT), Gustavo Gaspar (ex-assessor do senador Weverton Rocha), Frei Chico e outros que aparecem protegidos, mas as investigações seguem seu curso.”
Além disso, governistas barraram na CPI pedidos para quebra de sigilo de Danielle Fonteles e sua empresa, que recebeu R$ 5 milhões do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, entre novembro de 2023 e março de 2025. As defesas de ambos informaram que o pagamento foi destinado à compra de um imóvel em Trancoso (BA), negócio que não foi concluído.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) acrescentou que a base governista está protegendo certos integrantes na comissão: “É preciso identificar o núcleo político envolvido. Quem são os políticos por trás disso? A base do governo Lula, isso é evidente. A equipe dele tem atuado fortemente para proteger.”

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