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Oposição e Centrão se unem para derrubar vetos no Congresso

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A sessão do Congresso Nacional que avaliou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resultou em uma derrota para o governo, marcada por uma aliança entre partidos de oposição e do Centrão para pressionar o Palácio do Planalto durante uma crise recente com os parlamentares.

Mesmo no Senado, tradicionalmente mais favorável ao governo, houve uma ação conjunta contra os vetos presidenciais.

Na votação conjunta, foram rejeitados vetos relacionados ao Propag e a pontos do licenciamento ambiental. No licenciamento, parte dos vetos foi mantida, mas os dispositivos mais críticos para a equipe ambiental foram derrubados. No caso do Propag, o plenário rejeitou trechos importantes e separou vários dispositivos para análises futuras, aumentando o desgaste político.

Conforme levantamento realizado com base nas 24 votações até o momento, os partidos do Centrão com representação no governo forneceram menos de 25% de votos favoráveis ao Palácio do Planalto.

  • O PSD na Câmara apoiou o governo em 22% das votações.
  • O União Brasil teve um apoio ainda menor, de 22%.
  • O PP ficou em apenas 13% de votos favoráveis.

No Senado, o apoio ao governo também foi reduzido: todos os votos do União Brasil e do PP foram contra o governo.

A composição das bancadas é distinta entre as duas Casas, mesmo para os mesmos partidos. Davi Alcolumbre, antes visto como um aliado do Palácio, votou contra todos os vetos.

Partidos mais próximos ao governo no Senado, como o MDB, registraram apenas 12% de apoio nas votações, enquanto no PSD o índice chegou a 30%.

O contexto da votação já estava tenso. Na véspera, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), faltaram na cerimônia de sanção da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, gesto interpretado como um recado institucional que dificultou a defesa do governo na sessão.

A situação piorou no Senado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistir na indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para substituir o ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Davi Alcolumbre defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco para o cargo, negando que a votação dos vetos fosse um recado ao governo e reforçando a importância do Parlamento em cumprir suas competências constitucionais.

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