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Oposição quer conversar com Paulinho para mudar opinião sobre anistia

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Após o relator da anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmar que uma proposta ampla e irrestrita já não era mais considerada na Câmara, a oposição planeja um encontro para tentar convencê-lo do contrário. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que ainda há espaço para negociação.

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, disse que uma conversa com o relator pode modificar o texto da proposta.

“Quando eu falar com ele, ele vai entender melhor sobre a anistia. Ele assumiu agora essa responsabilidade, então é normal que tenha dúvidas no começo”, declarou.

Sóstenes elogiou a nomeação de Paulinho para o cargo, destacando seu perfil moderado, e mencionou que o texto da proposta ainda não foi definido. O líder bolsonarista acredita que a discussão principal sobre a anistia levará de quinze a trinta dias.

O líder da oposição, Zucco (PL-RS), também expressou interesse em se reunir com Paulinho da Força na próxima semana, com o objetivo de pressionar para que o perdão cubra o maior número possível de envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

No entanto, Paulinho já indicou que não pretende apoiar uma anistia total. Em entrevista ao GLOBO, declarou que essa proposta ampla e irrestrita foi superada na Câmara:

“Essa ideia de uma anistia ampla e irrestrita já foi deixada para trás. Já aprovamos um acordo com um texto alternativo do Crivella, que não é tão amplo assim. E esse texto do Crivella é simbólico. Estamos trabalhando para construir um caminho diferente, que talvez agrade a maioria, embora não a todos. Meu objetivo é encontrar uma solução que satisfaça a maioria. Ainda não está claro se isso será redução de pena ou outra coisa, pois ainda estou ouvindo as opiniões.”

O tema ganhou destaque depois que a Câmara aprovou a urgência da anistia, poucos dias após o Supremo Tribunal Federal condenar Bolsonaro pelo envolvimento na trama golpista.

Atualmente, o debate gira em torno da extensão do perdão: bolsonaristas defendem anistia total para condenados e investigados, enquanto partidos de centro e até setores da direita preferem uma solução mais restrita, como redução de penas ou exclusão dos condenados na trama.

Paulinho pretende ouvir todas as bancadas e líderes antes de finalizar o texto. Até lá, oposição e governo disputam influência para definir a versão final. Nos bastidores, o relator afirma que não se alinhará automaticamente a nenhum lado e que o texto será construído após ouvir todos os grupos políticos.

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