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Oposição tentará atrair dissidentes da base para criar CPI mista da Petrobras

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O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), informou nesta quinta-feira (5) que 19 senadores já assinaram o requerimento de criação de uma nova CPI mista (com deputados e senadores) para investigar irregularidades na Petrobras. Os oposicionistas do Senado apostam no apoio de senadores dissidentes da base aliada para assegurar as 27 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura da comissão parlamentar.

Sozinhos, DEM e PSDB têm 16 parlamentares no Senado, 11 a menos do que o total exigido pelo regimento da Casa. Por isso, a oposição procura apoio de senadores considerados “independentes” – aqueles que, apesar de integrarem partidos da base governista, não votam conforme orientação de suas lideranças. PT e PMDB, donos das duas maiores bancadas da Casa, são contrários à nova comissão.

De acordo com Cunha Lima, o requerimento de criação da CPI mista recebeu, até o momento, 19 assinaturas de senadores do PSDB e do DEM, além de dissidentes da base, como os senadores Cristóvam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia (PP-RS), Lasier Martins (PDT-RS), Reguffe (PDT-DF) e Luiz Henrique (PMDB-SC).

O líder tucano disse que será possível ultrapassar o número mínimo de assinaturas exigido pelo regimento porque a oposição também deve obter o apoio de todos os seis senadores da bancada do PSB e de outros parlamentares que não estão em Brasília nesta semana, como como os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Cunha Lima ainda espera receber a adesão de outros quatro senadores governistas cujos nomes ele não revelou. “A essa altura já temos praticamente os 27 assegurados”, ressaltou o líder do PSDB.

A oposição ainda precisará coletar as assinaturas de, ao menos, 171 deputados para viabilizar a criação da CPI mista.

CPI na Câmara
Nesta quinta-feira pela manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou a criação de uma CPI da Petrobras restrita aos deputados. O colegiado – que ainda depende da indicação dos integrantes e da instalação formal para começar a funcionar –, teve apoio de 182 deputados, sendo 52 da base governista. O mínimo necessário era 171.

O PSDB ainda negocia se levará adiante as duas CPIs, uma da Câmara e outra mista, com participação também de senadores. “A Câmara, de fato, está mais avançada, já foi lida. Mas depois de nós coletarmos as assinaturas, vamos fazer a avaliação se é conveniente ou não fazer as duas ou uma só”, explicou Cunha Lima.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), já se manifestou contrariamente ao funcionamento de duas CPIs sobre o mesmo tema e defendeu a permanência apenas da comissão da Câmara.

Governistas
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que “não faz sentido” haver outra CPI da Petrobras. “Tivemos recentemente duas CPIs da Petrobras e não trouxeram nenhum fato novo que já não estivesse sendo objeto de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público”, declarou.

O vice-líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou que a comissão é uma “questão política” e que “tudo já está sendo apurado pelos órgãos competentes”. “Não sei se CPI resolve o problema”, disse.

Fonte: G1

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