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Os produtos que ficaram mais caros nos supermercados. E por que
Associação do setor divulgou preços e motivos que justificam os reajustes praticados na pandemia
A Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou nesta segunda-feira (27) uma nota explicando quais produtos subiram mais de preços na pandemia, e por quê. Parte dos reajustes, segundo a associação, foi afetada pela disparada do dólar.
No mês, chama atenção o aumento de preços em hortifruti. Em março, os preços subiram, em média, 2,38%. Os valores foram puxados pelos legumes, que aumentaram 6% em um mês. Tubérculos e ovos também registraram reajustes de mais de 4% no período. Na categoria de industrializados, alimentos prontos registram o maior reajuste: 2%. Em alimentação, o leite é o item que ficou mais caro: subiu 3,31%.
Veja abaixo a oscilação de preços dos principais tipos de produtos vendidos nos supermercados em março:
No caso das carnes e arroz, a valorização da moeda americana ante o real impulsiona o aumento das exportações, segundo a associação. Quanto mais o país exporta, mais caros os produtos ficam para consumo interno.
Tanto na categoria leite e derivados como no caso do óleo de soja o preço do dólar impacta no preço dos insumos do setor, como embalagens. Segundo a APAS, o preço do leite na indústria, que chegou a aumentar 30%, já registra decréscimo em abril, entre 11% e 16%, e deve se normalizar nos próximos meses.
Pães, bolos, doces e chocolates também sofrem o impacto do aumento da cotação da moeda, já que o preço de seu principal insumo, o trigo, é cotado em dólares.
Já o alho e a cebola são produto geralmente importados, que ficam mais caros quando o dólar sobe. Artigos de higiene e limpeza contêm matérias primas dolarizadas, asim como a cerveja.
Contudo, a associação argumenta que, em média, os preços não subiram muito na pandemia. Segundo índice de preços do segmento calculado pela FIPE, no mês os produtos vendidos em supermercados tiveram um aumento médio de 0,76%. Já no acumulado do ano, os preços subiram 1,40%, número é menor do que o registrado em 2019, quando esse acumulado ficou em 3,30%. Parte da influência é a baixa inflação, por conta do desaquecimento econômico do país.
Os preços cobrados pelo segmento passaram a ser monitorados pela Secretaria de Defesa do Consumidor após denúncias sobre preços abusivos. A APAS garante que, desde o início da pandemia, orienta seus associados a não aumentar a margem de lucro praticada antes da crise e apenas repassar os aumentos praticados pela indústria.
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