Ouro bate recorde com fala de Powell e tensões EUA-China

O ouro terminou o dia em alta nesta terça-feira, 14, alcançando novos recordes durante a sessão. Enquanto isso, a prata apresentou variações ao longo do dia, atingindo uma nova máxima e finalizando com uma leve valorização. As tensões entre os Estados Unidos e a China continuam a estimular a busca por ativos considerados seguros, enquanto cresce a expectativa por cortes nas taxas de juros nos EUA, tornando o ouro ainda mais atraente.

Na Comex, parte da bolsa de Nova York (Nymex) especializada em metais, o ouro para entrega em dezembro fechou com alta de 0,73%, cotado a US$ 4.163,40 por onça-troy, após alcançar o pico de US$ 4.190,90 durante o pregão.

A prata para o mesmo mês também subiu 0,38%, atingindo US$ 50,62 por onça-troy, depois de chegar a US$ 52,49 durante o dia. Ambos os metais bateram recordes tanto de fechamento quanto de máximas.

O forte movimento de alta do ouro é atribuído à expectativa de novos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos, segundo análise do DWS.

O metal precioso foi beneficiado ainda pelas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e da vice-presidente de Supervisão da instituição, Michelle Bowman, que provocaram pressão sobre o dólar, outro ativo seguro que compete com o ouro.

Além disso, o Commerzbank destaca que a crescente tensão entre os Estados Unidos e a China é um fator que impulsiona o preço do ouro. Novas ameaças de Washington, junto às sanções impostas por Pequim contra subsidiárias norte-americanas de uma construtora naval da Coreia do Sul, renovaram o clima de incerteza global.