Ouro cai após atingir menor valor em 3 semanas com avanço nas negociações comerciais

O ouro terminou o pregão desta terça-feira, 28, em baixa, alcançando seu menor preço em três semanas. O metal sofre a pressão devido à redução na busca por investimentos seguros, causada pelo progresso nas conversas entre Estados Unidos e China.

Na Comex, mercado de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para contrato de dezembro fechou em queda de 0,91%, cotado a US$ 1.983,1 por onça-troy. Já a prata apresentou alta de 1,17%, cotada a US$ 47,324 por onça-troy.

O preço do ouro tem passado por ajuste, durante a sessão oscilando e atingindo a marca de US$ 1.901,3, o menor valor em cerca de três semanas.

De acordo com analistas da AZN, apenas sinais de um possível acordo entre os Estados Unidos e a China foram suficientes para provocar a realização de lucros. Eles explicam que é provável que o ouro continue pressionado até que o capital especulativo recentemente inserido no mercado seja removido.

O mercado agora foca no encontro entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China), previsto para esta quinta-feira, que deve definir os próximos passos das negociações.

Por outro lado, o Commerzbank acredita que a correção nos preços do ouro não deve prolongar-se: com a incerteza na política americana ainda elevada e o fim do conflito na Ucrânia distante, a demanda por ouro como ativo seguro dificilmente irá cair rapidamente.

O Bank of America também considera que os fundamentos por trás da recente alta do metal permanecem, mantendo suporte para o ouro. O Saxo Bank acredita que a próxima grande alta do ouro acontecerá apenas em 2026, baseado nos padrões históricos de consolidação, sendo que a última consolidação durou quatro meses, até abril.

Investidores acompanham ainda o início da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC), que vai até quarta-feira e deve anunciar um novo corte nas taxas de juros nos Estados Unidos.

Informações: Dow Jones Newswires