Ouro cai, mas sobe pela 9ª semana com melhora no sentimento de risco

O ouro encerrou o pregão desta sexta-feira, 17, em queda, após atingir uma máxima histórica próxima dos US$ 4.400 por onça-troy durante a manhã. O metal precioso perdeu força depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, e outros representantes do governo americano tranquilizaram o mercado sobre questões de crédito bancário e tensões comerciais entre China e Estados Unidos, o que favoreceu a recuperação da confiança em Wall Street. Mesmo com a queda diária, o ouro acumula alta na nona semana consecutiva.

Na Comex, mercado de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro fechou em baixa de 2,12%, cotado a US$ 4.213,3 por onça-troy, depois de chegar a uma cotação inédita de US$ 4.392,00 por onça-troy. A prata registrou queda de 5,98%, sendo negociada a US$ 50,104 por onça-troy. No balanço semanal, ambos os metais apresentaram valorização, com alta de 5,32% para o ouro e 6,04% para a prata.

O banco ING observou que o ouro iniciou o dia em alta, sustentado pelas preocupações com empréstimos no setor bancário dos EUA na quinta-feira, 16. Além disso, a ANZ destacou que as expectativas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) também impulsionaram o preço do metal.

No entanto, durante a manhã, o ouro passou a cair, à medida que os investidores digeriam o discurso mais conciliador de Donald Trump sobre as tarifas comerciais aplicadas à China, mencionando que essas tarifas elevadas não seriam mantidas por um período prolongado. Essa declaração ajudou a aliviar as tensões na negociação do metal, conforme apontado pelo trader Tai Wong à CNBC. Também chamou atenção a recomendação do gestor Bill Gross, que aconselhou cautela nas aquisições do ativo.

Apesar da retração no fechamento, o ouro registra a nona semana consecutiva de ganhos, o melhor desempenho desde setembro de 2008, de acordo com a Reuters. Analistas da ANZ projetam que o preço do ouro pode chegar a US$ 4.600 por onça-troy até meados de 2026.