Economia
ouro estável, prata sobe e platina cai mais de 1%
O ouro encerrou a quarta-feira, 24, praticamente sem variação, após ter registrado alta pela manhã, refletindo uma realização de lucros após uma sequência de máximas históricas.
Essa mudança ocorreu devido a ajustes técnicos e à menor liquidez típica do dia anterior ao feriado de Natal, levando os investidores a reduzirem suas posições após a forte valorização acumulada ao longo do ano.
A prata apresentou flutuações entre altas e baixas, finalizando em território positivo, enquanto a platina chegou a cair quase 5% no pregão, mas aliviou as perdas próximo ao fechamento.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro fechou em queda de 0,06%, a US$ 4502,80 por onça-troy. A prata para março avançou 0,77%, a US$ 71,685 por onça-troy, e a platina para janeiro recuou 1,73%.
De acordo com a analista sênior da Swissquote, Ipek Ozkardeskaya, as correções nos preços do ouro e da prata são consideradas “saudáveis” a curto prazo, após uma rápida e expressiva valorização que renovou máximas históricas. Ela observa que o aumento do índice de volatilidade do ouro indica espaço para uma queda pontual, embora o impulso estrutural de alta permaneça no médio e longo prazos.
Ozkardeskaya também destaca que a prata tende a sofrer mais em movimentos corretivos, à medida que a relação ouro/prata se aproxima da parte inferior de sua faixa histórica. “Se essa relação se mantiver dentro do intervalo tradicional, a prata pode apresentar desempenho inferior durante altas ou corrigir de forma mais acentuada nas quedas”, explica.
Para Patrick Brenner, da Schroders, as perspectivas para o ouro continuam positivas. Ele reforça que o metal precioso segue sendo uma opção atraente para diversificação em um cenário marcado por incertezas fiscais e políticas nos EUA, além de dúvidas cada vez maiores sobre o papel de longo prazo dos Treasuries e do dólar.


Você precisa estar logado para postar um comentário Login