Ouro sobe e bate novo recorde com fala do Fed e dólar fraco

O ouro teve alta nesta segunda-feira, 22, e registrou um novo recorde de fechamento, acompanhando as declarações dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) no início da semana em que o índice de inflação PCE de setembro será divulgado. O enfraquecimento do dólar no mercado internacional também contribuiu para o avanço do metal precioso.

Na Comex, mercado de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro com contrato para dezembro fechou com alta de 1,87%, cotado a US$ 3.775,10 por onça-troy.

Nesta segunda, o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, alertou para cautela diante de um “espaço limitado” para novas reduções nas taxas de juros, enquanto Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, declarou não esperar mais cortes em 2024.

Por outro lado, a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, destacou que uma retirada rápida do atual nível elevado das taxas de juros poderia gerar preocupações sobre o impacto na inflação.

Stephen Miran, diretor do Fed e aliado de Donald Trump, criticou a autoridade monetária por manter as taxas perto de dois pontos percentuais acima do necessário.

Segundo Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XTB, o ouro atingiu o novo recorde devido aos temores sobre um possível relaxamento da política monetária pelo Fed, apesar da resiliência da economia. Ela acredita que a demanda pelo metal continuará firme nos próximos meses.

O banco Citi também prevê que o ouro deve manter o rali no curto prazo, sustentado por fatores cíclicos como a desaceleração do mercado de trabalho nos EUA, e estruturais, incluindo dúvidas sobre a independência do Fed.

Além disso, os investidores estão atentos ao risco de paralisação do governo americano. Uma proposta republicana para financiar o governo após 30 de setembro foi rejeitada, aumentando a possibilidade de uma paralisação parcial.

Informações baseadas na Dow Jones Newswires.