Ouro sobe levemente com corte de juros nos EUA e aumento da procura

O ouro encerrou a sessão desta quinta-feira (30) com uma leve alta, à medida que os investidores reagiam à flexibilização da política monetária pelo Federal Reserve (Fed) e aos comentários moderados do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell. O acordo firmado entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul também chamou atenção.

No mercado Comex da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro fechou em alta de 0,38%, cotado a US$ 1.015,9 por onça-troy, enquanto a prata teve alta de 1,47%, cotada a US$ 48,616 por onça-troy.

Embora o corte de 25 pontos-base fosse amplamente esperado pelo mercado, os ganhos do ouro — que se beneficia de taxas de juros mais baixas por não gerar rendimento em juros — foram contidos pelas declarações mais rígidas de Powell após o anúncio, gerando dúvidas sobre novas flexibilizações em dezembro.

Com a inflação ainda acima da meta nos EUA, a Harbor Capital destaca que o ouro continua sendo um investimento importante para diversificação, considerando que os riscos inflacionários ainda são maiores do que nos últimos anos.

Dados do World Gold Council mostram que a procura por ouro atingiu níveis recordes no terceiro trimestre de 2025, crescendo 3% em comparação ao ano anterior. O valor da demanda também aumentou 44%, alcançando patamares inéditos.

Louise Street, analista sênior de mercados do World Gold Council, comenta que a perspectiva para o ouro permanece positiva, influenciada pela fraqueza do dólar, expectativas de juros mais baixos e o risco de estagflação, o que pode elevar ainda mais a demanda por investimentos. Segundo sua análise, o mercado ainda não está saturado e manter investimentos em ouro é uma estratégia sólida.

Além disso, o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping resultou na diminuição das tarifas que os Estados Unidos aplicavam sobre a China, o que foi amplamente observado pelos investidores e pode influenciar os mercados globais.