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Paciente de clínica pede socorro e deseja ir embora

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Em um pedido angustiante, um paciente do Centro de Reabilitação Serenidade, localizado em Valparaíso de Goiás (GO), região próxima ao Distrito Federal, escreveu uma carta clamando por ajuda.

“Bom dia, Deus, me ajude, quero sair daqui. Está uma confusão, mas, por favor, me tire daqui. Estou exausto, cansado”, revelou o paciente na mensagem.

Na carta, ele manifestou o desejo de retomar a vida normal, buscando trabalho, casamento e constituir uma família. Também pediu que suas denúncias sejam consideradas, reforçando: “Denuncie. Por favor, denuncie”.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), foram identificadas várias irregularidades durante uma operação realizada na 2ª Delegacia Distrital de Polícia de Valparaíso de Goiás (5ª DRP). A investigação resultou na prisão em flagrante do responsável técnico pela clínica, que é um centro de reabilitação.

A ação conjunta envolveu o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a Secretaria Estadual de Saúde (Suvisa/SES), o Creas Municipal, e contou com o apoio da 1ª DDP de Valparaíso.

Durante a fiscalização no bairro Parque Santa Rita de Cássia, onde está situado o Centro de Reabilitação Serenidade, os agentes verificaram que o local, de propriedade de um casal que não estava presente no momento da diligência, abrigava mais de 30 pessoas em condições degradantes, sem a devida assistência médica e em situação de vulnerabilidade.

Quando retornaram para a fiscalização, as autoridades constataram que quase todos os internos haviam sido removidos rapidamente, o que para os investigadores indicou uma tentativa aparente de encobrir as irregularidades.

Além disso, foram encontrados e apreendidos medicamentos controlados armazenados de forma inadequada, sem controle de validade, prescrição ou acompanhamento de profissional habilitado. Foram encontrados também cigarros estrangeiros sem documentação fiscal.

O responsável técnico foi preso em flagrante por manter em depósito e manipular medicamentos de procedência desconhecida, colocando em risco a saúde pública.

Outras infrações, como possíveis maus-tratos e exercício ilegal da profissão, estão sendo investigadas em inquérito policial.

A reportagem buscou contato com o Centro de Reabilitação Serenidade, e o texto será atualizado quando houver uma resposta.

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