Economia
Pagamentos com cartões movimentam R$ 2,2 trilhões no 1º semestre, mostra Abecs
Os pagamentos realizados por meio de cartões de crédito, débito e pré-pagos somaram R$ 2,2 trilhões no primeiro semestre de 2025, representando um aumento de 9,9% comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme dados apresentados nesta quarta-feira, 20, pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
O destaque ficou para o segundo trimestre, que apresentou um crescimento de 10,4%, totalizando R$ 1,1 trilhão em transações.
Dentre as modalidades, o cartão de crédito foi o que mais movimentou, com um total de R$ 1,5 trilhão (+14,4%), seguido pelo cartão de débito, que atingiu R$ 484,8 bilhões (-0,3%), e o cartão pré-pago, com R$ 190,1 bilhões (+4,8%). No segmento de crédito, a maior parte das compras foi à vista (57,3%), enquanto as compras parceladas sem juros corresponderam a 41,2% do total.
No semestre, os brasileiros realizaram 23,2 bilhões de transações com cartões, um aumento de 5,2% em relação a 2024, o que equivale a cerca de 128 milhões de pagamentos diários.
O uso de pagamentos por aproximação alcançou R$ 883 bilhões no período, com uma alta de 37,1%. Essa forma de pagamento já representa 71,1% das compras presenciais realizadas no país. No total, houve 13,4 bilhões de transações por aproximação, crescendo 24,2% durante o semestre.
As compras feitas remotamente continuaram a crescer, somando R$ 537 bilhões, um aumento de 16,7%. O cartão de débito foi destaque nesse segmento, com crescimento de 20,6%.
Gastos no exterior
Durante o primeiro trimestre, os brasileiros gastaram US$ 8,2 bilhões (R$ 47,4 bilhões) no exterior com cartões, um crescimento de 5,5% em relação a 2024. Os Estados Unidos e a Europa representaram 80,5% desses gastos. Já estrangeiros despenderam US$ 3,2 bilhões (R$ 18,4 bilhões) no Brasil, um aumento de 12,1%.
Setores e regiões
No varejo, os segmentos de livrarias e afins tiveram o maior crescimento percentual no valor transacionado no semestre (+38,3%), seguidos por roupas, calçados e acessórios (+17,7%) e eletrônicos e eletrodomésticos (+14,1%). Entre os serviços, profissionais autônomos lideraram o aumento (+36,4%), seguidos por serviços médicos (+21,2%) e seguros (+17,9%).
Regionalmente, o Sudeste concentrou R$ 1,1 trilhão em transações (+3,2%), representando mais da metade (53,5%) do volume nacional. Também destacaram-se as regiões Nordeste (+16,8%), Sul (+15,2%), Norte (+13,1%) e Centro-Oeste (+12,3%), todas com crescimento acima da média nacional.

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