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Pagodeiro do PCC é condenado a 26 anos de prisão por lavagem de dinheiro

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Vagner Borges Dias, empresário e cantor de pagode conhecido como Latrell Brito, foi sentenciado a 26 anos e 8 meses de reclusão na segunda-feira (30/6). Ele foi acusado de comandar um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) que envolvia fraudes em licitações para obter contratos públicos.

Essa ligação com a maior facção criminosa do país resultou em um estilo de vida extravagante, exibido nas redes sociais. A prisão ocorreu no fim de janeiro.

Na decisão, o juiz Antônio Augusto Mestieri Mancini, da 2ª Vara Criminal de Mogi das Cruzes, destacou que Latrell realizou viagens internacionais e planejava destinar R$ 1 milhão para custear a faculdade de medicina de sua filha.

Além disso, ele comprou imóveis em Suzano, Mogi das Cruzes e Guarulhos, na região metropolitana, que foram confiscados por decisão judicial por terem sido adquiridos com recursos ilícitos. Enquanto Latrell recorrer, os imóveis permanecerão bloqueados para impedir vendas ilegais, podendo ser leiloados se os recursos forem esgotados.

O montante movimentado chamou atenção, como evidenciado em conversas interceptadas pela Polícia Federal. Para evitar a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ele orientava cumpridores a fazer transferências pequenas e distribuídas em várias contas.

Antes da prisão em 27 de janeiro, Latrell manteve um perfil discreto e usou documentos falsos para evitar a captura durante nove meses.

Ele foi alvo de três mandados de prisão preventiva emitidos em abril do ano anterior no âmbito da Operação Munditia, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). As investigações revelaram que ele integrava o PCC e liderava um grupo empresarial envolvido em fraudes para obter contratos públicos.

Conhecido como “pagodeiro do PCC”, ele foi encontrado na praia de Arembepe, na Bahia, e preso em flagrante usando um documento falso.

Latrell se apresentava como empresário e ensaiava candidatura a vereador em Suzano pelo partido União Brasil. Em entrevista em 2022, ele relatou seu começo na música e planos para viver exclusivamente de sua carreira artística em cinco anos.

Sobre ser associado ao crime devido à sua postura extravagante, Latrell afirmou: “Ninguém paga minhas contas”.

Ele disse ainda que sua origem periférica e negra o fez lutar para melhorar, que era evangélico até os 26 anos e atuava como líder jovem e diretor de música em sua igreja.

As investigações também mostraram que, apesar de possuir licença para colecionar e portar armas, Latrell fazia uso ilícito delas, inclusive ameaçando rivais, o que foi evidenciado em gravações apresentadas pelo MPSP.

O Ministério Público relata que, além dos crimes financeiros, Latrell e um sócio estavam envolvidos em atividades ilegais para favorecer interesses do PCC, indo além dos ganhos pessoais.

O dinheiro obtido ilegalmente era usado para viagens internacionais e festas acompanhadas de bebidas alcoólicas.

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