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Pai de santo preso novamente por abuso de fiéis

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Heraldo Lopes Guimarães, um pai de santo de 61 anos, foi detido na noite de segunda-feira (30/6), em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. Ele é acusado de abusar sexualmente de seis seguidores durante sessões espirituais. Esta é a segunda vez que Pai Guimarães de Ogum, como é conhecido, é colocado sob custódia, conforme decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar.

O pai de santo estava em liberdade desde 2023, depois que a Justiça revogou sua primeira prisão domiciliar decretada em 2021. A prisão atual é domiciliar devido a problemas cardíacos do acusado.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra o sacerdote por crimes sexuais praticados contra seis fiéis, incluindo uma jovem que, conforme seu relato, começou a ser vítima de abusos aos 12 anos de idade. As denúncias foram feitas por meio do grupo de Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos (Avarc) do Ministério Público.

Segundo a acusação, os abusos ocorreram principalmente entre 2010 e 2019, na maioria das vezes dentro do templo dirigido por Heraldo Lopes Guimarães no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. O Ministério Público sustenta que ele aproveitava sua posição de líder religioso para exercer controle psicológico sobre as vítimas, deixando-as vulneráveis.

Pai Guimarães era uma figura de destaque entre os líderes religiosos ligados à umbanda, uma religião de matriz africana popular no Brasil. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso está registrado como captura de procurado na Delegacia de Polícia 63ª DP (Vila Jacuí).

Posição da Defesa

A advogada Ana Paula Oliveira Guimarães, representante de Heraldo Lopes Guimarães, declarou que seu cliente esteve em liberdade desde janeiro de 2023, resultado de uma decisão judicial que suspendeu a ação penal e revogou sua prisão preventiva devido a irregularidades no processo, incluindo falhas graves na acusação.

Ela explicou que, após a revogação da decisão anterior, foi determinada a prisão domiciliar, não prisão em regime fechado, e que houve um equívoco na emissão do mandado de prisão, erro reconhecido pela juíza responsável pelo caso, que também ordenou sua soltura e o cumprimento da prisão domiciliar.

A advogada enfatizou que Heraldo Lopes Guimarães nunca prestou depoimento formal, nem em inquérito nem na mídia, e aguarda o andamento regular do processo para provar sua inocência com base em evidências técnicas e ampla defesa, sem julgamentos prematuros ou interpretações equivocadas.

Ela finalizou ressaltando que a prioridade principal de seu cliente é a saúde, razão pela qual ele tem se mantido reservado.

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