O Brasil e outros doze países da América Latina, entre eles Argentina, Uruguai, Costa Rica e Honduras, exigiram nesta segunda-feira – em declaração conjunta – o “fim imediato dos atos de violência” na Nicarágua e o “desmantelamento dos grupos militares”.
Os treze países, que participam da reunião de chanceleres da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac) em Bruxelas, condenaram ainda a violência que provocou a “perda de mais de 300 vidas humanas e deixou centenas de feridos”, assim como a “repressão” contra estudantes e civis, segundo a declaração divulgada pela chancelaria brasileira.
A nota, firmada ainda por Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai e Peru, expressa a preocupação dos doze países com “a violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais” de destaca sua “mais firme condenação aos graves e reiterados fatos de violência que se vêm produzindo na Nicarágua e que provocaram até o momento a lamentável perda de mais de 300 vidas humanas e centenas de feridos; pela repressão e violência contra estudantes e membros da sociedade civil, bem como pelo atraso na prestação de assistência médica urgente aos feridos”.
O grupo exige “o fim imediato dos atos de violência, intimidação e ameaças dirigidas à sociedade nicaraguense; e o desmantelamento dos grupos paramilitares”, e insiste na “reativação do diálogo nacional, dentro de um clima de respeito às liberdades fundamentais, que envolva todas as partes para gerar soluções pacíficas e sustentáveis (…) e e o fortalecimento da democracia, dos Direitos Humanos e do Estado de Direito” na Nicarágua.
Os doze apoiam a Conferência Episcopal da Nicarágua em seu trabalho “em prol da busca e da promoção de soluções para o conflito e em respeito aos direitos humanos dos nicaraguenses”, e agradece à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por “investigar os eventos”.
Finalmente, o grupo faz um apelo ao governo da Nicarágua e a outros “atores sociais para que demonstrem seu compromisso e participem construtivamente de negociações pacíficas com resultados concretos que abordem os desafios fundamentais do país, de forma pacífica, incluindo o fortalecimento das instituições democráticas, a implementação das recomendações da Missão de Observação Eleitoral da OEA e a celebração de eleições livres, justas e oportunas, em um ambiente livre de medo, intimidação, ameaças ou violência”.
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