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Países da UE aprovam política histórica sobre natureza após atrasos

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É a 1ª lei verde aprovada desde as eleições para o Parlamento este mês

Os países da União Europeia (UE) aprovaram uma política emblemática para restaurar a natureza danificada, nesta segunda-feira (17), após meses de atraso, tornando-a a primeira lei verde a ser aprovada desde as eleições para o Parlamento Europeu neste mês.

A lei de restauração da natureza está entre as maiores políticas ambientais da UE, exigindo que os Estados-membros introduzam medidas de restauração da natureza em um quinto de suas terras e mares até 2030.

Os ministros do Meio Ambiente dos países da UE apoiaram a política em uma reunião em Luxemburgo, o que significa que agora ela pode ser transformada em lei.

A votação foi realizada depois que a ministra do Meio Ambiente da Áustria, Leonore Gewessler, dos Verdes, desafiou seus parceiros de coalizão conservadores, comprometendo-se a apoiar a política – dando-lhe apoio suficiente para ser aprovada.

“Sei que enfrentarei oposição na Áustria em relação a isso, mas estou convencida de que este é o momento de adotar a lei”, disse Gewessler aos repórteres.

A política tem como objetivo reverter o declínio dos habitats naturais da Europa – 81% dos quais são classificados como tendo saúde precária – e inclui metas específicas, por exemplo, para restaurar as terras de turfa para que possam absorver as emissões de CO2.

A iniciativa da ministra austríaca irritou o Partido Popular, conservador, do chanceler Karl Nehammer, que se opõe à lei. A ministra do Partido para Assuntos da UE, Karoline Edtstadler, afirmou que o voto favorável de Gewessler seria inconstitucional.

A Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE e preside as reuniões de ministros, disse que a disputa do governo austríaco não afetaria a legalidade do voto dos ministros do bloco.

Os países da UE e o Parlamento Europeu negociaram um acordo sobre a lei no ano passado, mas ela foi alvo de críticas de alguns governos nos últimos meses, em meio a protestos de agricultores irritados com as onerosas regulamentações da UE.

Finlândia, Hungria, Itália, Holanda, Polônia e Suécia votaram contra a lei nesta segunda-feira. A Bélgica se absteve.

Reuters

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