Mundo
Países europeus reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela
Com o fim do prazo para a convocação de novas eleições, muitos países europeus reconheceram Juan Guaidó como presidente interino
São Paulo — França, Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Áustria, Holanda, Suécia e Dinamarca reconheceram nesta segunda-feira o líder da oposição, Juan Guaidó, de 35 anos, como presidente interino da Venezuela. A decisão foi anunciada com fim do prazo dado por países europeus ao governo de Nicolás Maduro para a convocação de novas eleições.
No domingo, Maduro voltou a dizer que rejeita a possibilidade de deixar o poder e convocar novas eleições presidenciais, porque não aceita “ultimatos de ninguém”. Em entrevista à emissora de televisão espanhola “La Sexta”, o líder venezuelano garantiu que o presidente americano, “Donald Trump impôs ao Ocidente uma política equivocada” sobre a Venezuela, e afirmou: “Não vamos nos submeter”.
O governo de Maduro enfrentou nas últimas semanas uma onda de protestos liderado pelo presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente interino no mês passado. Os Estados Unidos e o Brasil já reconhecem o líder da oposição, enquanto Maduro conta com o apoio da China e da Rússia, que denunciam as tentativas de derrubar o governo.
Tuítes
O primeiro ministro-espanhol, Pedro Sánchez, declarou nesta segunda-feira que apoia Juan Guaidó e que espera que ele convoque novas eleições na Venezuela “no menor tempo possível”.
Reconozco como presidente encargado de Venezuela a @jguaido, con un horizonte claro: la convocatoria de elecciones presidenciales libres, democráticas, con garantías y sin exclusiones.
No daré ni un paso atrás.
Por la libertad, la democracia y la concordia en #Venezuela— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 4 de fevereiro de 2019
Pouco depois, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jemery Hunt, falou sobre o prazo de oito dias dado por países europeus para a convocação de novas eleições na Venezuela e afirmou reconhecer Guaidó como presidente interino até que “eleições confiáveis possam ser realizadas”.
Nicolas Maduro has not called Presidential elections within 8 day limit we have set. So UK alongside European allies now recognises @jguaido as interim constitutional president until credible elections can be held. Let’s hope this takes us closer to ending humanitarian crisis
— Jeremy Hunt (@Jeremy_Hunt) 4 de fevereiro de 2019
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o povo venezuelano tem direito de se expressar “livre e democraticamente” e que Juan Guaidó será responsável por implementar um novo processo eleitoral na Venezuela.
Los Venezolanos tienen el derecho de expresarse libremente y democráticamente. Francia reconoce a @jguaido como “presidente encargado” para implementar un proceso electoral. Apoyamos al Grupo de contacto, creado con la UE, en este período de transición. https://t.co/7cgpdgz7TN
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 4 de fevereiro de 2019
Apoio da população
Levantamento da Ideia Big data mostra que78% dos venezuelanos apoiam a destituição de Nicolás Maduro da presidência do país. A pesquisa de opinião – conduzida entre os dias 25 e 27 de janeiro, nas cidades de Caracas, Maracaibo, Valenzia, Barquisimeto e Ciudad Guiana – mostra também que 39% dos venezuelanos reconhecem Juan Guaidó na posição de presidente interino da Venezuela.
Grupo de contato
Em busca de uma solução pacífica para a crise, um grupo internacional de contato formado por países da UE e da América Latina, como Uruguai e México, terá sua primeira reunião na quinta-feira em Montevidéu.
Maduro disse esperar que “uma mesa de diálogo surja disso”.
Mas Guaidó diz que não se prestará a “diálogos falsos”.
Depois de duas grandes manifestações, a oposição afirma que os protestos continuarão “até que a usurpação do poder acabe” e já anunciou uma marcha para o dia 12 de fevereiro. Fonte: Exame
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