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Panamá descarta que exercícios militares dos EUA sejam contra Venezuela
José Raúl Mulino, presidente do Panamá, afirmou nesta quinta-feira (13) que as manobras militares realizadas pelo Exército dos Estados Unidos em solo panamenho não têm ligação com ações hostis contra a Venezuela.
Durante o ano, os militares americanos conduziram treinamentos de sobrevivência e táticas de combate na floresta de Darién, região fronteiriça com a Colômbia, além de utilizarem uma base policial situada na costa caribenha do país.
Essas atividades coincidem com uma operação dos EUA focada no combate ao tráfico de drogas nas regiões do Caribe e Pacífico, embora a Venezuela alega que tal operação visa derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Mulino ressaltou em coletiva de imprensa que o Panamá não está cedendo seu território para ações contra a Venezuela ou qualquer outro país.
Em resposta a questionamentos sobre possível relação entre a presença militar americana e a pressão dos EUA perante a Venezuela relacionada ao narcotráfico, o presidente panamenho negou qualquer conexão entre os fatos.
Washington acusou Maduro de liderar cartéis de drogas, o que levou à mobilização naval americana no Caribe. Desde então, as forças americanas destruiu várias embarcações, resultando na morte de 76 supostos narcotraficantes.
A semana passada marcou a incorporação do USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, na operação nas águas caribenhas.
As atividades militares americanas no Panamá são baseadas em um acordo de segurança firmado em abril, autorizando o uso de bases aéreas e navais panamenhas para treinamento, com validade inicial de três anos, podendo ser prorrogado.
Este pacto foi firmado em meio a pressões do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou reaver o controle do Canal do Panamá sob a justificativa de que sua administração está vinculada à China.
Mulino destacou que não existe presença militar americana não autorizada e que as atividades ocorrem em local apropriado para treinamentos das forças armadas, mesmo o Panamá não possuindo Exército próprio.
Ele também assegurou que o país continuará permitindo os exercícios militares em seu território para garantir a proteção e segurança integral do Canal do Panamá.

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