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Panteão, a 200 m do Planalto tem água acumulada com larvas de insetos

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Outro lugar com acúmulo é o fosso do mastro da Bandeira Nacional. Vigilância diz que faz limpeza e que região tem poucos focos de dengue.

Na véspera da “faxina” prometida pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o Panteão da Pátria – museu que homenageia os heróis nacionais – tinha água acumulada e larvas de insetos.

Também na Praça dos Três Poderes, é possível ver água acumulada no fosso do mastro da Bandeira Nacional.

O anúncio da limpeza no Planalto foi feito na semana passada. Dilma disse que a medida tinha o intuito de ajudar a combater a proliferação do Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus.

Não é a primeira vez que se encontram focos do mosquito na Praça dos Três Poderes. Em 2012, a Vigilância Ambiental comprovou, por meio de exame de laboratório, a presença do Aedes aegypti no fosso do mastro da Bandeira. De acordo com o órgão, as larvas de Aedes aegypt não estavam contaminadas com o vírus causador da doença. Também em 2012, oPanteão chegou a ser fechado, dois meses após a reabertura por reforma, por causa de escorpiões.

O gerente da Vigilância Ambiental do Distrito Federal, Petrônio Lopes, afirma que o órgão realiza uma ação de combate ao mosquito nos prédios públicos da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes desde a quarta-feira (27).

Lopes diz que a região é “mais tranquila” com casos de foco de dengue. “Nosso objetivo é fazer esse controle [da proliferação] e orientar os servidores públicos em todos os órgão da área da Esplanada e da Praça.”

Segundo o gerente, a ação é pontual, mas pretende “educar” servidores e funcionários para prevenir a proliferação do mosquito. “Nós entramos nos prédios, inclusive no Palácio da Planalto, e orientamos os servidores e funcionários para combater a dengue”, afirmou.

Lavador consciente
Ao lado do Ministério da Saúde, foram encontradas 15 latas de tinta com volume de 18 litros cheias de água. No local, o lavador de carros Regis Oliveira, de 27 anos, afirma que foi avisado pelo governo sobre não deixar a água acumulada. Ele atua no espaço há dez anos.

“Desde que eu cheguei aqui o pessoal [do Ministério da Saúde] já me pediu pra manter as latas viradas. Toda noite eu troco a água e deixo tudo limpo”, afirmou. Ele mora em em Planaltina de Goiás e diz que já presenciou muitos casos de dengue na região, mas nunca contraiu a doença.

O lavador de carros Regis Oliveira ao lado do prédio do Ministério da Saúde (Foto: Alexandre Bastos/G1)

O lavador de carros Regis Oliveira ao lado do prédio do ministério da Saúde (Foto: Alexandre Bastos/G1)

A Secretaria da Saúde afirmou que o governo combate o Aedes aegypti em todo o DF e concentra esforços para reduzir os índices de contaminação das doenças que o mosquito transmite.

Casos de dengue
O Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (27) mostra que o DF teve 487 casos confirmados de dengue até o dia 25 de janeiro. O número é 153% maior do que as 192 confirmações da doença no mesmo período do ano passado.

De acordo com o documento, Brazlândia, São Sebastião, Ceilândia e Planaltina concentram 59% dos casos diagnosticados – 289 confirmações. Só em Brazlândia foram 162 casos – 5.300% mais do que as 3 confirmações da doença no mesmo período de 2015.

Até o dia 25 de janeiro de 2015, a região com mais casos confirmados de dengue do DF foi Planaltina, com 24 registros. Neste ano, houve 37 pacientes diagnosticados com a doença na região, o mesmo número de Ceilândia – que teve oito casos no ano passado. Em São Sebastião, as confirmações saltaram de 8 para 53 no período.

Entre os casos diagnosticados no DF, mas envolvendo pacientes de outras unidades da federação, o número também cresceu. Até o dia 25 foram 75 confirmações, 436% a mais do que os 14 casos no mesmo período do ano passado.

 

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