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Papa Paulo VI será proclamado santo
O papa Francisco promulgou o decreto que reconhece um segundo milagre por intercessão de Paulo VI, por isso o falecido pontífice será proclamado santo, informou nesta quarta-feira o escritório de imprensa do Vaticano.
Apesar de nenhuma data ter sido informada, a canonização de Paulo VI poderia acontecer no final de outubro em Roma, ao término do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, que acontece entre 3 e 28 de outubro, segundo adiantou o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
Paulo VI, que foi papa entre 1963 e 1978, criou o Sínodo dos Bispos, a assembleia dos prelados dos cinco continentes no Vaticano, e será o terceiro papa canonizado por Francisco, depois de São João XXIII e São João Paulo II.
O primeiro milagre atribuído à intercessão de Paulo VI, e que permitiu que ele fosse beatificado por Francisco em 2014, foi a cura de um feto nos primeiros anos da década de 1990 na Califórnia, nos Estados Unidos, depois que os médicos diagnosticaram que o mesmo tinha graves problemas cerebrais, mas a mãe se negou a abortar e a criança nasceu sem problemas.
O milagre reconhecido agora, segundo explicaram alguns veículos de imprensa, é o de Amanda, uma menina nascida em 25 de dezembro de 2014 em Verona (Itália), com apenas 24 semanas de gestação, mas que sobreviveu.
Com 13 semanas de gestação, a placenta se rompeu, perdendo o líquido amniótico, por isso os médicos aconselharam que a mãe abortasse, mas ela se recusou e seguiu em frente com sua gravidez.
Além de concluir e defender o difícil Concílio Vaticano II, Paulo VI instituiu o Sínodo dos Bispos com o objetivo de refletir, discutir e aconselhar o pontífice sobre diversos assuntos, entr eles as políticas e orientações gerais para o governo da Igreja.
Paulo VI foi também o primeiro papa peregrino e, portanto, o primeiro a visitar a Terra Santa, além de ter realizado viagens pelos cinco continentes.
O papa Paulo VI também é considerado o pontífice do diálogo e da reconciliação entre as diferentes Igrejas, e a prova disso foi o histórico gesto do abraço com o então patriarca Atenágoras, abrindo o caminho para a reconciliação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa depois de mais de 500 anos do Grande Cisma do Oriente.
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