O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, defendeu nesta quinta-feira (12) as medidas de ajuste fiscal que o governo tem adotado e afirmou que elas permitirão garantir a solidez da economia brasileira. Ele disse ainda que o governo não quer recuar em direitos trabalhistas.
Algumas dessas medidas alteram regras para acesso a benefícios previdenciários e tem gerado insatisfação de setores da sociedade, como os movimentos sindicais.
Vargas participou nesta manhã de reunião com servidores de ministérios responsáveis pela interlocução com estados e municípios, no Palácio do Planalto.
No encontro, ele disse também que o ajuste é “necessário” para garantir o reequilíbrio fiscal do país. Ele enfatizou que o processo de ascensão social dos últimos anos é uma prioridade do governo.
“O nosso ajuste tem um ponto de vista, tem objetivo, e é equacionar as questões para que a gente possa ter fundamentos sólidos na nossa economia e dar sequência a este processo. Então, a gente tem que dizer isso, deixar claro que esse é o nosso objetivo, nós não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, muito antes pelo contrário, mesmo que eventualmente tenhamos que fazer determinadas correções em alguns benefícios que são direitos do povo brasileiro, dos trabalhadores”, disse o ministro.
No mês passado, ao participar da primeira reunião ministerial do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff pediu aos seus 39 ministros que reajam a “boatos” e defendam o governo. Ela os orientou ainda a “travar a batalha da comunicação” e levar à opinião pública o posicionamento do governo sobre cada tema.
Ao defender as medidas de ajuste, como outros ministros têm feito, Vargas afirmou que elas poderão garantir ao governo, “no próximo período”, a continuidade do processo de desenvolvimento econômico e social do país, por meio da elevação do salário mínimo o investimento “forte” na educação.
Pepe Vargas pediu aos servidores do ministérios que “deixem claro” a estados e municípios a necessidade de o governo federal adotar medidas de ajuste das contas públicas e reafirmar que o processo é de “curto prazo”.
“É muito importante nessa relação que fazemos com os entes federados a gente deixar claro o momento que estamos vivendo. Sei que tem causado muita apreensão o fato do governo dizer que precisa fazer um ajuste maior, mais forte neste ano, mas, na realidade, nós precisamos deixar claro que isso não é um processo de longo prazo, é um ajuste de curto prazo”, afirmou.
Eleição de Picciani
Após a reunião com servidores do governo, Pepe Vargas foi questionado por jornalistas sobre se o governo está “tremendo nas bases” com a eleição do deputado Leonardo Picciani (RJ) para a liderança do PMDB na Câmara e disse que não.
O ministro ressaltou não ter “problemas” com o parlamentar e garantiu ter telefonado para ele nesta quarta (11) para cumprimentá-lo pela eleição.
“[O governo] não está tremendo nas bases porque o PMDB elegeu o seu líder, é um processo tranquilo, e já falei com o Picciani ontem. […] E eu não tenho nenhum problema com ele, não”, disse Vargas.
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