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Parlamentares dos EUA se reúnem com Dalai Lama e pressionam China por diálogo

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Visita deve causar retaliação de Pequim, que considera líder tibetano um separatista

Um grupo de parlamentares norte-americanos se reuniu com o Dalai Lama nesta quarta-feira (19) na Índia e disse que não permitirá que a China influencie a escolha de seu sucessor, comentários que devem irritar Pequim, que considera o líder espiritual tibetano exilado como um separatista.

Os parlamentares também sinalizaram que Washington pressionará Pequim a dialogar com os líderes tibetanos, o que não ocorre desde 2010, para resolver a questão do Tibete, com um projeto de lei que, segundo eles, o presidente Joe Biden assinará em breve.

Embora Washington reconheça o Tibete como parte da China, o projeto de lei parece questionar essa posição e qualquer mudança seria um grande choque para Pequim, disseram os analistas.

O grupo bipartidário de sete parlamentares liderado pelo republicano Michael McCaul, que também preside o comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, encontrou-se com o ganhador do Prêmio Nobel da Paz em seu monastério na cidade de Dharamsala, no norte da Índia.

“Ainda tenho esperança de que um dia o Dalai Lama e seu povo retornem ao Tibete em paz”, disse McCaul em uma recepção pública após a reunião.

Pequim até tem tentado interferir na escolha do sucessor do Dalai Lama, disse ele, mas acrescentou: “Não permitiremos que isso aconteça”.

O Dalai Lama fugiu para a Índia em 1959 após um levante fracassado contra o domínio chinês no Tibete. O homem de 88 anos, que vem lutando contra problemas de saúde há anos, deve viajar para os Estados Unidos nesta semana para receber tratamento médico.

A questão de seu sucessor tem sido um assunto complexo, que, segundo analistas, destaca o poder e a influência da função, fomentando a luta de Pequim para controlá-la.

A tradição tibetana afirma que o Dalai Lama reencarna após sua morte, e o atual líder disse que seu sucessor pode ser encontrado na Índia.

Pequim tem afirmado que a tradição deve continuar, mas que seus líderes comunistas, oficialmente ateus, têm o direito de aprovar o sucessor, como um legado herdado dos imperadores da China.

CNN

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