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Partido governante sul-africano se reúne para definir saída de Zuma

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A discussão sobre a saída prematura de Zuma, cujo mandato não termina até 2019, vem desencadeada principalmente pelos vários escândalos de corrupção que rodeiam o presidente. EFE

O partido governante na África do Sul, o Congresso Nacional Africano (CNA), se reuniu nesta segunda-feira para continuar com as discussões sobre a saída do presidente, Jacob Zuma, em uma jornada decisiva depois que o líder da legenda, Cyril Ramaphosa, prometeu que se chegaria a uma decisão hoje.

Os altos cargos do CNA estão a portas fechadas em um hotel de Pretória, desde as 14h (horário local, 10h de Brasília), com o futuro do presidente como principal tema sobre a mesa.

Após semanas de especulações sobre uma iminente saída, o vice-presidente do governo e líder do CNA prometeu ontem que nesta reunião se chegaria a uma posição sobre se o partido lhe expulsa ou se não o apoia formalmente.

A discussão sobre a saída prematura de Zuma, cujo mandato não termina até 2019, vem desencadeada principalmente pelos vários escândalos de corrupção que rodeiam o presidente.

“Aqueles que são corruptos, que roubam os pobres, serão levados perante a Justiça”, afirmou Ramaphosa no domingo, no ato de lançamento do centenário do ex-presidente Nelson Mandela, o que foi entendido como uma referência direta às negociações que teve com o chefe de Estado.

Zuma é alvo de várias acusações, incluindo quase 800 por corrupção relativa a contratos de armas do final dos anos 1990 ou às investigações por ter usado o Estado para favorecer empresários vinculados com concessões públicas milionárias.

A cúpula do CNA, liderada desde dezembro passado por Ramaphosa, tenta uma renúncia voluntária do presidente para livrar-se da sua má imagem sem pôr em perigo a unidade do movimento.

As regras internas da legenda estabelecem que todos os membros do partido, incluindo os cargos eleitos, devem submeter-se à vontade desta; no entanto, se Zuma se negar a deixar seu cargo, a única via possível seria uma moção de censura parlamentar.

Após ter superado sete dessas anteriormente, o presidente enfrentará – se não renunciar antes – no próximo dia 22 uma nova moção de censura parlamentar, solicitada por um partido da oposição.

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