O tufão Mangkhut atingiu o sudeste da China neste domingo (16), depois de passar por Hong Kong e Macau e deixar ao menos 100 mortos nas Filipinas, segundo o jornal The New York Times.
Nesta segunda (17), as equipes de resgate filipinas recuperaram 43 corpos deixados por um deslizamento de terra em uma mina em Itogon, na ilha de Luzon. O prefeito da cidade, Victorio Palangdan, afirmou à imprensa que pelo menos 40 pessoas ainda podem estar presas sob a terra.
As fortes inundações e os deslizamentos de terra causados pelo maior tufão do ano soterraram a mina e quatro barracões onde viviam os mineradores, que ignoraram as advertências da polícia antes da chegada do Mangkhut, segundo Palangdan.
Segundo autoridades locais ouvidas pelo New York Times, com as novas vítimas, o número de mortes deixadas pelo Mangkhut deve duplicar, podendo até mesmo ultrapassar 100 mortes.
Caos na China
Após arrasar as Filipinas, o tufão Mangkhut espalhou o caos nas cidades de Macau e Hong Kong, com pelo menos 200 feridos, e em várias províncias do sudeste da China, onde duas pessoas morreram.
Segundo os últimos dados do Centro Meteorológico Nacional chinês, o tufão mais grave do ano continua se movimentando para noroeste, afetando as províncias e regiões de Guangxi, Yunnan e Guizhou, mas com uma força cada vez menor.
As duas mortes foram registradas na província de Guandong, uma das mais afetadas, onde quase 2,5 milhões de pessoas foram retiradas de suas casas, segundo informou a televisão oficial CCTV.
O tufão chegou às 17h (horário local, 6h em Brasília) de domingo na cidade de Jiangmen, em Guangdong, com ventos de até 162 km/h, segundo a estação meteorológica local.
Horas antes, o Mangkhut tinha passado perto de Macau e Hong Kong, uma das cidades mais afetadas, com 213 pessoas feridas e muita destruição. Mais de 1.219 pessoas foram levadas para 48 abrigos temporários.
Esta foi uma das tempestades mais poderosas da história a castigar Hong Kong. Embora não tenham sido contabilizadas mortes por enquanto, vários danos foram causados pelos fortes ventos e inundações.
Segundo o jornal South China Morning Post, um alerta de advertência de nível alto ficou ativo em Hong Kong durante dez horas, enquanto “os edifícios mais altos balançavam, as janelas se quebravam e os andaimes se soltavam dos arranha-céus”.
O transporte público foi suspenso, assim como os voos do Aeroporto Internacional de Hong Kong, que pouco a pouco está começando a retomar sua atividade.
Na vizinha Macau, que teve que fechar todos seus cassinos, 20.000 casas sofreram com a falta de energia elétrica, várias estradas foram alagadas e pelo menos 17 pessoas ficaram feridas.
Outras grandes cidades como Shenzhen e Zhuhai também sofreram danos. Na província de Guanxi, 228.000 pessoas foram levadas para abrigos e 98 voos foram cancelados em Nanning, a capital da região.
Scaffolding collapse at a building site in Kowloon pic.twitter.com/O69ILlXOJr
— 高地柏啲 (香港) (@HighlandPaddyHK) 16 de setembro de 2018
Another view of the 向璽 Enchantee building scaffolding collapsing during #TyphoonMangkhut pic.twitter.com/wC6YmFUYeB
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Typhoon #Mangkhut: Bamboo scaffolding collapsing in #HongKong‘s Kowloon City https://t.co/vw3rCPfflY #TyphoonMangkhut ?: Shirlee pic.twitter.com/8AWZa68gQP
— SCMP News (@SCMPNews) 16 de setembro de 2018
(Com EFE)
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