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Paulinho da Força deve ser o relator da anistia, dizem líderes do Centrão

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está previsto para divulgar nesta quinta-feira (18) quem será o relator do projeto que prevê anistia para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Conforme relatos de líderes do Centrão, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) está cotado para essa função.

A escolha foi discutida em reunião no início da noite de quarta-feira, pouco antes da aprovação do regime de urgência para a proposta na Câmara — uma vitória simbólica para os apoiadores do bolsonarismo, ocorrendo apenas uma semana após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal, acusado de envolvimento na tentativa golpista.

O Centrão articulou a indicação de Paulinho, que é conhecido por manter diálogo com diferentes grupos políticos. Aliados acreditam que Hugo Motta considerou que o deputado possui a experiência necessária para enfrentar as pressões que virão do STF, da esquerda e de setores do próprio Centrão.

Paulinho da Força é um aliado tradicional do movimento sindical e de membros do governo, porém afastou-se do Executivo após receber pouco espaço, inclusive em cargos de segundo escalão. Ele mantém boa comunicação tanto com partidos do Centrão quanto da oposição.

Para alguns líderes, essa habilidade será fundamental para tentar elaborar um texto com mais chances de aprovação, embora o tema seja bastante polarizado.

A aprovação do regime de urgência, por ampla maioria, já gerou críticas entre aliados do presidente Lula, que acusam Hugo Motta de ceder à pressão de uma das principais frentes do PL. Para a base bolsonarista, a aprovação representa uma resposta imediata ao julgamento e condenações relacionadas à tentativa de golpe.

Sóstenes Cavalcante, líder do PL, expressou sua satisfação:

“Quero agradecer o equilíbrio do presidente e reconhecer os partidos que nos apoiaram nesse momento.”

O projeto original de anistia foi apresentado em 2023 pelo senador Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), mas parlamentares já admitem que ele servirá apenas como base para um novo texto.

Segundo Crivella, “Eu elaborei o texto pensando nos presentes do Congresso. Agora, é natural incluir os condenados pela trama golpista e discutir a redução das penas.”

A proposta de focar apenas na redução de penas, evitando o perdão total, divide as bancadas: bolsonaristas pressionam para incluir militares e líderes políticos acusados, enquanto parte do Centrão prefere que o texto seja direcionado apenas aos responsáveis pela depredação da praça dos Três Poderes.

Espera-se que o mérito da proposta só retorne ao plenário em pelo menos duas semanas.

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