Pauta hoje é anistia, afirma Mello Araújo sobre manifestação contra feminicídio

O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), destacou que, apesar da importância do tema dos feminicídios, o foco principal deste domingo (7/12) é a anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que não participará do protesto contra os assassinatos de mulheres.

“Hoje, a nossa pauta é anistia. É isso que o povo está expressando. Tudo tem sua relevância, mas o tema de hoje é a anistia”.

O político atribuiu a responsabilidade pelo alto índice de feminicídios em São Paulo ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A capital paulista atingiu neste ano o maior número de casos da série histórica, com 53 vítimas até o mês de outubro.

“Esse é um problema nacional e a mudança depende da vontade dos políticos. Precisamos de leis eficazes. O problema é que, quando o presidente da República declara que traficante não é criminoso mas sim vítima, isso estimula o crime. Apesar de suas convicções, essa fala do presidente é prejudicial porque incentiva a criminalidade. E o feminicídio é um crime sério”.

Mello Araújo esteve presente no evento que ele mesmo organizou em defesa da anistia para Jair Bolsonaro e outros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em um plano golpista. A manifestação teve baixa adesão e ocorreu em um trecho da Avenida Paulista, sentido Paraíso, em frente ao Centro Cultural FIESP.

O irmão do ex-presidente, Renato Bolsonaro, também participou do ato e comentou sobre a possível indicação de Flávio Bolsonaro para a presidência em 2026. Segundo ele, não há candidato melhor para essa disputa. Renato explicou que, em sua visão, “não existe direita nem esquerda, mas sim direita e sistema”, qualificando Flávio como o único representante verdadeiro da direita na competição política.

Ele ainda mencionou Michelle Bolsonaro, que tem sido citada por apoiadores como possível liderança política emergente. Renato afirmou que ela deve compreender que o apoio deve ser total para Flávio Bolsonaro e, apesar da popularidade de Michelle entre a base bolsonarista, o foco do grupo deve continuar sendo a candidatura do senador.