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Pdot será votado até novembro, anuncia presidente da Câmara Legislativa

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O deputado distrital Welligton Luiz (MDB) fez o anúncio em debate promovido pelo Codese. No evento, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcelo Vaz, alertou sobre a importância da discussão antes de 2026, ano eleitoral

O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), anunciou que a revisão e a votação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) será feita até novembro deste ano. Ao Correio, ele já havia antecipado que essa é a principal pauta de 2025. Durante o evento “Pdot, a sociedade civil e o futuro do DF”, ele destacou a necessidade de um diálogo aberto e transparente sobre o tema. “Esse debate com a sociedade civil e o setor produtivo traz resultados melhores. Nosso compromisso é garantir um Pdot que atenda às demandas da população e contribua para o desenvolvimento ordenado da cidade”, afirmou.
O encontro foi promovido nesta terça-feira (18/2) pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), no auditório do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), com a participação de representantes do setor produtivo, autoridades do Executivo e do Legislativo.

A abertura foi conduzida pelo presidente do colegiado, Leonardo Ávila, que ressaltou a importância dessa iniciativa. “Sempre que falamos da expansão urbana do Distrito Federal, das moradias populares e da regularização fundiária, estamos falando do futuro da cidade”, destacou.

Eleições

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), Marcelo Vaz, alertou para a urgência da revisão do plano. “O risco é de que, se não avançarmos agora, essa discussão se arraste até 2026, que é um ano eleitoral, dificultando sua aprovação. Isso manteria um Pdot defasado por mais de 20 anos, beneficiando apenas quem atua na irregularidade”, afirmou.

Ele enfatizou a necessidade de apresentar todas as informações à sociedade. “Temos que esclarecer para a população o que é e o que não é o Pdot. Muitas questões não são de competência desse plano, e uma comunicação clara ajuda a evitar expectativas equivocadas”, avaliou.

“Desde 2018, temos promovido reuniões técnicas e oficinas participativas. Agora, avançamos para a fase de apresentação das propostas e dos debates públicos”, complementou a subsecretária de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh-DF, Juliana Machado Coelho.

A deputada distrital e presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da CLDF, Jaqueline Silva (MDB) ressaltou a relevância da participação popular. “Nosso mandato é compartilhado e participativo. A escuta da sociedade é fundamental para garantir um Pdot alinhado às reais necessidades do Distrito Federal”, assinalou.

Entre os temas abordados, a expansão urbana de Brasília e a pressão exercida pelo Entorno sobre o DF. Sobre isso, o arquiteto e urbanista José Jandson Queiroz avaliou que não se deve olhar para o avanço da região do Entorno para o DF como algo negativo. “Devemos enxergar por ótica de oportunidade para que seja um motor de desenvolvimento como um todo. Temos um dos maiores índices de IDH do país e podemos seguir melhorando”, defendeu.

O que é

Instrumento básico da política territorial do DF, juntamente com os Planos Diretores Locais (PDLs), o Pdot é uma norma importante de prevenção e combate à ocupação ilegal do solo. A medida também é essencial para regular a expansão ordenada da capital.

O Plano Diretor, cuja versão em vigor foi aprovada em 2009, aponta objetivos, diretrizes, ações estruturantes, regras e procedimentos para a realização da política urbana. As medidas envolvem aspectos diversos, como meio ambiente, patrimônio cultural, transporte, habitação, regularização fundiária, saneamento e serviços públicos, além de políticas econômicas, sociais e de gestão.

Eixos do novo Pdot

Como parte do processo de revisão do novo Pdot foram definidos oito eixos temáticos, com o objetivo de direcionar os estudos e as proposições para a elaboração do projeto:

  • Habitação e Regularização Fundiária — direito à moradia por meio da oferta habitacional e da regularização fundiária;
  • Gestão de Valorização Social da Terra — aplicação dos instrumentos urbanísticos a partir dos conceitos referentes à função social dos interesses coletivos, à propriedade privada imobiliária e à recuperação da mais valia e dos parâmetros de uso e ocupação do solo;
  • Ruralidades — desenvolvimento dos espaços rurais em sua multifuncionalidade e de maneira articulada e integrada às atividades do campo;
  • Território Resiliente — capacidade de resistir, absorver, adaptar e recuperar-se dos efeitos de fenômenos naturais ou antrópicos não previstos, de forma rápida e eficiente;
  • Meio Ambiente e Infraestrutura — capacidade de suporte ambiental do território e desenvolvimento sustentável;
  • Mobilidade — acessibilidade e mobilidade integradas ao ordenamento territorial;
  • Desenvolvimento Econômico Sustentável e Centralidades — áreas de concentração de atividades, empregos e oferta de serviços;
  • Participação Social e Governança — instrumentos urbanísticos para fortalecer o cumprimento da função social da propriedade e a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

Eixos do novo Plano Diretor

Como parte do processo de revisão do novo PDOT foram definidos 8 eixos temáticos, como objetivo de direcionar os estudos e as proposições para a elaboração do projeto:

Habitação e Regularização Fundiária – direito à moradia por meio da oferta habitacional e da regularização fundiária

Gestão de Valorização Social da Terra – aplicação dos instrumentos urbanísticos a partir dos conceitos referentes à função social dos interesses coletivos, à propriedade privada imobiliária e à recuperação da mais valia e dos parâmetros de uso e ocupação do solo

Ruralidades – desenvolvimento dos espaços rurais em sua multifuncionalidade e de maneira articulada e integrada às atividades do campo.

Território Resiliente – capacidade de resistir, absorver, adaptar e recuperar-se dos efeitos de fenômenos naturais ou antrópicos não previstos, de forma rápida e eficiente.

Meio Ambiente e Infraestrutura – capacidade de suporte ambiental do território e desenvolvimento sustentável

Mobilidade – acessibilidade e mobilidade integradas ao ordenamento territorial

Desenvolvimento Econômico Sustentável e Centralidades – áreas de concentração de atividades, empregos e oferta de serviços

Participação Social e Governança – instrumentos urbanísticos para fortalecer o cumprimento da função social da propriedade e a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização

 

Correio Braziliense

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