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Pedido de 45% de reajuste na conta de luz no DF é votado nesta terça

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) volta nesta terça-feira (19) o pedido de reajuste na conta de luz feito pela Companhia Energética de Brasília (CEB) no início do mês. A empresa solicitou aumento de 45,05%, o maior entre as companhias energéticas em 2014.

O órgão analisa a proposta durante a manhã. A agência informou que o reajuste real e o impacto na conta dos consumidores deve ocorrer no início da tarde. As novas tarifas começam a valer ainda esta semana.

Ao todo, 50 distribuidoras de energia já pediram reajuste em 2014. Em média, as empresas pediram 19,3% de aumento. Depois da CEB, quem pediu o maior reajuste foi a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), com 38,16%.

Só em agosto, 16 empresas pediram aumento. Em média, a solicitação foi de 26,72%. A Aneel informou que avaliou nove das propostas e concedeu reajuste médio de 22,4%. Segundo a agência, a crise no setor fez  com que os pedidos subissem ao longo do ano.

A CEB afirmou ao G1 que não comenta a proposta, e só vai se posicionar após a decisão da agência reguladora. Em 2013, a companhia pediu reajuste de 6,45%, e a Aneel concedeu 6,10%.

Segundo a Aneel, as tabelas enviadas pelas companhias servem apenas como base para a decisão e não têm poder de “pressionar” o órgão. Há casos em que o reajuste concedido é maior do que o reivindicado pelas empresas. O impacto real na conta dos consumidores também, que não corresponde à totalidade do reajuste, também é definido pela agência.

O diretor-presidente da Associação Brasileira das Companhias Elétricas (ABCE), Alexei Vivan, afirma que o reajuste é calculado a partir da inflação, das variações no mercado de energia e de outros componentes que “fogem ao controle das empresas”. A gestão da folha de pagamento, por exemplo, não entra no cálculo.

Em julho, a CEB enfrentou problemas para adiantar pagamento aos funcionários e recolher o ICMS em dia. Um rnking da Anatel aponta ainda que o abastecimento de energia do DF foi o terceiro pior do país em 2012 e o quinto pior em 2013, de acordo com avaliação dos consumidores.

Segundo Vivan, a má impressão do público também influencia negativamente nos reajustes. “Esse dado entra na conta. Uma empresa que presta serviços ruins tem menos margem para reivindicar aumentos. O cálculo estimula que as empresas utilizem melhor os recursos, façam mais com menos”, diz.

A CEB afirmou que a tarifa do DF é uma das mais baixas do país e que a companhia investiu R$ 600 milhões na modernização da rede, desde 2011. Segundo a empresa, o atraso nos pagamentos foi “pontual”, e os levamentamentos da Anatel mostram “o início de uma melhoria” na avaliação dos consumidores.

Fonte: G1

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