Economia
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA seguem altos, e melhora estanca
A demanda enfraquecida e o ressurgimento de novos casos de Covid-19 ajudaram a manter os novos pedidos de auxílio-desemprego extraordinariamente altos nos Estados Unidos, sugerindo que o mercado de trabalho permanece frágil, apesar do crescimento recorde de empregos em junho.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,314 milhão, em dados com ajuste sazonal para a semana encerrada em 4 de julho, ante 1,413 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 1,375 milhão de novos pedidos.
As reivindicações atingiram uma máxima histórica de 6,867 milhões no final de março. Os novos pedidos vêm caindo gradualmente, apesar de ainda estarem em patamares praticamente duas vezes maiores que o pico alcançado durante a Grande Recessão de 2007 a 2009.
O número de pessoas que recebem benefícios caiu para 18,062 milhões na semana encerrada em 27 de junho, contra 18,760 milhões na semana anterior. Os chamados pedidos contínuos, informadas com atraso de uma semana, bateram um recorde de 24,912 milhões no início de maio.
O relatório, que traz os mais recentes dados sobre a saúde da economia, pode mostrar que o mercado de trabalho caminha para uma diminuição na geração de postos de trabalho em julho.
O governo informou na semana passada que 4,8 milhões de empregos foram criados em junho, um recorde desde que o governo começou a manter os registros em 1939. As empresas estão contratando trabalhadores que foram demitidos quando estabelecimentos como restaurantes, bares, academias e consultórios odontológicos precisaram ser fechados em meados de março para diminuir a disseminação do Covid-19.
A retomada das operações, no entanto, tem sido acompanhada por picos recordes de infecções por coronavírus em Estados densamente povoados, como Flórida, Texas e Califórnia. Isso forçou um recuo ou uma pausa nas reaberturas e enviou alguns trabalhadores de volta para casa.
Com a economia entrando em recessão em fevereiro, mesmo antes das paralisações, algumas empresas estão enfrentando uma demanda fraca, o que agravava a segunda onda de demissões. De varejistas a companhias aéreas, empresas anunciaram cortes de empregos e licenças.
Além disso, o estímulo vindo do programa do governo que concede empréstimos às empresas, que podem ser parcialmente perdoados se usados para pagar o salário dos funcionários, está diminuindo.
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