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Perfil do Ministro Alexandre de Moraes no The Guardian: Juiz que Polariza Opiniões

Durante o julgamento envolvendo a tentativa de golpe, o jornal britânico The Guardian publicou um perfil do ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é descrito como um juiz que desperta sentimentos intensos, tanto de admiração quanto de rejeição, sendo também uma das personalidades brasileiras mais notórias e controversas, presidindo o julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O jornal destaca que a postura firme e combativa do ministro desde a eleição do ex-presidente o tornou um herói para os progressistas e uma figura rejeitada entre os apoiadores de Bolsonaro.
Entre suas ações, Moraes conduziu diversas investigações envolvendo o ex-presidente e seus aliados, além de ter bloqueado perfis de ativistas extremistas nas redes sociais ao longo dos últimos anos.
Em relação a acontecimentos recentes, o The Guardian menciona o inquérito das fake news para ilustrar que até mesmo alguns progressistas demonstram preocupação de que Moraes possa ter ultrapassado seus limites constitucionais na defesa da democracia. “O inquérito, que já dura seis anos, ainda não tem uma previsão clara de encerramento nem a definição precisa das pessoas investigadas e os motivos”, relata o jornal.
O perfil também aborda a carreira acadêmica e profissional do ministro, desde sua nomeação como ministro da Justiça pelo presidente Michel Temer (MDB) em 2016. São destacados seu currículo impressionante e sua dedicação ao trabalho, além de mencionar que Moraes é autor de um livro sobre direito constitucional que vendeu centenas de milhares de cópias.
Segundo a publicação, atualmente muitos brasileiros de esquerda veem Moraes como um defensor crucial da democracia brasileira, considerada a quinta maior do mundo. Entretanto, durante sua juventude universitária, ele mantinha uma orientação política de direita, conforme relembra uma entrevista dada por um amigo dele ao Le Monde em 2023. Floriano de Azevedo Marques Neto afirmou que “a última coisa que ele teria em seu quarto seria um pôster do Che Guevara”.
Para ilustrar a polarização em torno da imagem do ministro do STF, o jornal cita que o bilionário Elon Musk chegou a classificá-lo como “um ditador malvado fazendo cosplay de juiz” e apresenta a história surpreendente de Adauto Gomes Nascimento, um açougueiro de Belém (PA), que tatuou o rosto de Moraes em sua perna.
Se fazer uma tatuagem do rosto de um integrante da Suprema Corte parecer uma escolha incomum, o contexto político singular do Brasil ajuda a entender essa decisão, conclui o jornal.

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