Centro-Oeste
Pessoas em situação de rua ocupam vias do Distrito Federal durante o fim de ano
Acampamentos de pessoas sem moradia fixa passaram a ocupar partes de várias vias do Distrito Federal neste fim de ano. Fotografias feitas em diferentes regiões administrativas revelam a presença de adultos, idosos, crianças e até bebês em carrinhos vivendo em abrigos improvisados em calçadas, canteiros e espaços públicos.
Na Asa Norte, em Brasília, diversas famílias sem teto foram vistas. Entre elas, destaca-se uma senhora em cadeira de rodas e uma criança. A criança se diverte com um patinete ao redor da barraca onde a família reside. Próximo dali, chama a atenção uma árvore de Natal feita de forma improvisada. Sobre as barracas, pode-se notar roupas infantis.
Em Taguatinga, uma família foi fotografada usando uma parada de ônibus como abrigo, onde uma criança foi vista demonstrando afeto por uma idosa. Na mesma área, foram encontrados pequenos abrigos de lona próximos a um shopping center.
Também foi registrada uma criança de colo dentro de um carro com uma mulher. Ao todo, cinco crianças foram identificadas no local, sugerindo a presença de várias famílias na área.
No canteiro da N4, o contraste entre a vegetação e os abrigos improvisados chama atenção. Um homem portava um facão, caracterizado como arma branca. Ao fundo, há acúmulo de lixo, fogo e galões de água.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que age em conjunto com outros órgãos do governo local, respeitando as competências de cada entidade, especialmente em ações relacionadas à vulnerabilidade social. Segundo a PMDF, o monitoramento social e censitário dessa população é realizado mesmo não sendo sua função principal.
A PMDF enfatiza que sua atuação é baseada na manutenção da ordem pública e na segurança de todos, incluindo pessoas em situação de rua que estão em estado de vulnerabilidade. A corporação age com foco na prevenção e repressão de crimes e na proteção da integridade física.
A PMDF também mencionou que segue a Recomendação nº 3/2021 do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), abordando essas pessoas somente diante de comportamentos suspeitos e fazendo detenções apenas em casos de flagrante delito.
A Secretaria de Desenvolvimento do Distrito Federal (Sedes) reconheceu o aumento das pessoas em situação de rua na região, afirmando que o governo acompanha e amplia ações integradas para atender essa questão.
Segundo a Sedes, as políticas públicas do GDF foram ajustadas para contemplar esse crescimento, ampliando ações previstas no Plano Distrital para a População em Situação de Rua. A secretaria não realiza remoções dessas pessoas, mas assegura o acesso à rede de proteção social do Distrito Federal, acompanhando a população através de 26 equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social.


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