Petrobras avalia entrar no leilão de baterias de 2026

A Petrobras está considerando participar do leilão de sistemas de armazenamento por meio de baterias (BESS), previsto para ocorrer em 2026.

Esse leilão faz parte do Leilão de Reserva de Capacidade do setor elétrico, com contratos que terão duração de 10 anos, sendo a operação iniciada em 2028.

O mercado espera com expectativa o leilão de sistemas de baterias, que surge como uma alternativa para aumentar a segurança da rede elétrica do Brasil, pois permite guardar a energia gerada por fontes intermitentes, como solar e eólica.

De acordo com Carlos Marçal, gerente de Gestão Integrada de Transição Energética da Petrobras, a empresa enxerga as baterias como uma possibilidade de desenvolvimento.

Ele destaca, entretanto, que o montante do investimento dependerá do edital do leilão.

A energia renovável é limpa e vantajosa, mas é intermitente. Vemos que o sistema de baterias oferece estabilidade ao sistema e é um caminho promissor. Por isso, estamos estudando o leilão de reserva de capacidade.

O executivo informou que o sistema de baterias está incorporado no novo plano de negócios da Petrobras para até 2030, dentro da lista de projetos em análise.

Dos US$ 109 bilhões previstos para os próximos cinco anos, US$ 91 bilhões destinam-se a projetos já programados para implantação, enquanto US$ 18 bilhões compõem a carteira sob avaliação.

Ele ressaltou que a empresa ainda está decidindo se participará sozinha ou em parceria.

O leilão de baterias foi antecipado, com entrega prevista para 2028. É uma oportunidade importante, destacou ele, em evento realizado pela Petrobras.

Segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME), o leilão tem por objetivo contratar eletricidade utilizando baterias conectadas ao sistema nacional, por meio de contratos de reserva de capacidade.

Para este leilão, os sistemas de armazenamento devem ser capazes de completar a recarga em até seis horas e assegurar a disponibilidade de potência durante um período mínimo diário.