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Petrobras não divulgará balanço trimestral dentro do prazo a CVM
A Petrobras informa, em nota, que não apresentará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 com o relatório de revisão dos seus auditores externos, PricewaterhouseCoopers (PwC), no prazo previsto na Instrução CVM 480/09, previsto para essa quinta-feira (13/11). O balanço contábil era esperado para esta sexta-feira (14/11). Pela manhã, a Petrobras comunicou que as informações referentes ao terceiro trimestre de 2014 serão divulgadas na próxima segunda-feira (17/11).
A empresa esclarece que, como é de conhecimento público, a Petrobras passa por um momento único em sua história, em face das denúncias e investigações decorrentes da Operação Lava Jato conduzida pela Polícia Federal, na qual o ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e está sendo investigado pelos crimes de corrupção, peculato, dentre outros.
Diante de tal cenário, e considerando o teor do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa à Justiça Federal, em 8 de outubro de 2014, quando fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia, a Petrobras vem adotando diversas providências que visam ao aprofundamento das investigações.
A Petrobras celebrou contratos, em 24 e 25 de outubro de 2014, com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação, um brasileiro, Trench, Rossi e Watanabe Advogados e, outro norte-americano, Gibson, Dunn & Crutcher LLP, tendo por objetivo apurar a natureza, a extensão e os impactos dos atos que tenham sido cometidos no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto relevante sobre os negócios da companhia. Tal contratação foi recomendada pelo Comitê de Auditoria em conformidade com as práticas internacionais e autorizada pela diretoria executiva da Petrobras.
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