Conecte Conosco

Economia

Petrobras recebe aprovação para explorar petróleo no Amapá

Publicado

em

Após quase cinco anos de esforços, a Petrobras obteve a autorização do Ibama para realizar pesquisas de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas, localizada na costa do Amapá.

O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade-AP), considera que essa aprovação pode abrir caminho para futuras licenças de exploração na região, que é vista como uma nova fronteira petrolífera no Brasil.

Segundo Clécio Luís, a permissão para a Petrobras perfurar um poço exploratório em águas profundas representa o início de uma nova fase econômica para o estado.

Ele explica que o sucesso nas pesquisas pode resultar em novas autorizações, impulsionando o desenvolvimento regional, possibilitando maior arrecadação e investimentos em áreas como energia diversificada.

O governador ressaltou ainda que a autorização concedida antes da realização da COP30, que ocorrerá em Belém neste ano, não compromete o evento. Para Clécio Luís, teria sido inadequado se a liberação tivesse sido feita após a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

Impactos para o Amapá

A exploração de petróleo sinaliza um novo capítulo econômico para o Amapá, com potencial para financiar energias renováveis, diversificação da matriz energética, bioeconomia, produtos da floresta, aprimoramento do monitoramento ambiental, políticas públicas e infraestrutura.

Se as reservas comprovarem seu potencial, novas licenças serão necessárias. O governador acredita que o Ibama liberará as próximas etapas de exploração desde que as pesquisas cumpram rigorosamente normas de segurança e ambientais.

A experiência bem-sucedida da Petrobras deve ser um fator decisivo para garantir as próximas aprovações.

Desenvolvimento e capacitação

O governo do estado está em negociações para trazer uma faculdade de petróleo da Petrobras à região e planeja diversos cursos para capacitar mão de obra local, evitando que os empregos gerados venham apenas de fora.

Além disso, há um programa para estimular o surgimento de fornecedores locais, com o objetivo de gerar empregos qualificados e novos para a população.

Sobre a liberação antes da COP30

Clécio Luís reafirma que a COP30 aborda diversos temas além do petróleo, e que a decisão do Ibama, tomada antes do evento, demonstra seriedade e responsabilidade, afastando qualquer suspeita de que o evento tenha sido usado para ganhar tempo ou encobrir a liberação.

Ele ainda comenta que teria sido pior se a licença tivesse sido concedida durante a COP, o que teria gerado críticas ao governo e à Petrobras.

Diálogo com o Ministério do Meio Ambiente

O governador não manteve contato direto com a ministra Marina Silva ou com o presidente do Ibama Rodrigo Agostinho, adotando uma postura pública, clara e crítica, especialmente em função da demora na concessão da licença.

Relação com comunidades locais

A gestão estadual realizou várias reuniões com lideranças indígenas e organizações representativas desses povos. Um grupo de trabalho permanente foi criado para manter o diálogo aberto também com pescadores, extrativistas e comunidades ribeirinhas e indígenas.

Embora não haja consenso total, as conversas têm avançado e o governo está preparado para agir prontamente caso surjam problemas decorrentes da exploração.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados