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Petrobras reduz 20% dos investimentos em energia limpa no novo plano

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A Petrobras anunciou uma diminuição de R$ 17,65 bilhões em seus investimentos destinados a projetos de energia limpa e transição energética para os próximos anos. Inicialmente, o plano de negócios para o período de 2025 a 2029 previa um orçamento de US$ 16,3 bilhões (equivalente a R$ 87,20 bilhões com a taxa de câmbio de R$ 5,35). No novo planejamento para 2026 a 2030, esse valor foi reduzido para US$ 13 bilhões (aproximadamente R$ 69,55 bilhões).

Essa redução representa uma queda de 20,24%, muito superior ao ajuste geral nos investimentos da empresa, que caiu menos de 2%, passando de US$ 111 bilhões para US$ 109 bilhões.

Segundo a petrolífera, os cortes foram realizados em projetos que envolvem a diminuição das emissões em exploração, produção e refino, investimentos em fundos de descarbonização e iniciativas voltadas para energia solar, eólica onshore e hidrogênio. A exceção foi a área de biocombustíveis, que recebeu aumento nos aportes.

Na categoria chamada de “descarbonização”, os aportes passaram de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,3 bilhões, englobando a redução de emissões nas operações de exploração, produção, refino e gás que caiu de US$ 4 bilhões para US$ 3,3 bilhões, além de fundos específicos de descarbonização que tiveram seus investimentos reduzidos de US$ 1,3 bilhão para US$ 1 bilhão.

Os projetos relacionados a “energias de baixo carbono” também registraram diminuição, caindo de US$ 5,7 bilhões para US$ 3,1 bilhões. O maior impacto foi em iniciativas de energia solar e eólica terrestre, que tiveram os valores reduzidos de US$ 4,3 bilhões para US$ 1,8 bilhão. Os investimentos em hidrogênio também recuaram, de US$ 500 milhões para US$ 400 milhões. A única categoria que manteve o investimento foi a captura e armazenamento de carbono, garantindo US$ 900 milhões.

Por outro lado, os aportes em bioprodutos aumentaram, destacando esforços em biodiesel e biometano, que saltaram de US$ 600 milhões para US$ 1,1 bilhão. O investimento em etanol e biorrefino se manteve estável, com US$ 2,2 bilhões e US$ 1,5 bilhão, respectivamente. Assim, o total destinado a bioprodutos cresceu de US$ 4,3 bilhões para US$ 4,8 bilhões.

Além disso, a estatal destacou que ampliará seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento com foco em tecnologias de baixo carbono, passando de US$ 1 bilhão para US$ 1,2 bilhão.

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