Economia
Petróleo sobe após comentários sobre comércio russo

O preço do petróleo terminou em alta nesta segunda-feira, 15, refletindo a reação do mercado diante do aumento dos conflitos internacionais, incluindo o ataque ucraniano a uma refinaria na Rússia e declarações dos Estados Unidos referentes à compra do petróleo russo por outras nações.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro subiu 0,97% (US$ 0,61), alcançando US$ 63,30 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,67% (US$ 0,45), chegando a US$ 67,44 o barril.
O mercado está ajustando-se às incertezas envolvendo o petróleo russo. No sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar pronto para aplicar “grandes sanções” à Rússia caso os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deixem de adquirir sua commodity.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou que o país não planeja impor tarifas à China para desestimular a compra de petróleo russo, a não ser que outras nações europeias adotem medidas similares.
Além disso, o conselheiro econômico da Casa Branca, Peter Navarro, destacou que os EUA devem realizar negociações econômicas com a Índia, grande importadora do petróleo russo.
Representantes do G7 também consideram a implementação de medidas econômicas contra países que estejam “apoiando” a Rússia, sem mencionar diretamente a compra do petróleo.
O ataque ocorrido no domingo pela Ucrânia à refinaria de Kirishi, na Rússia, deixou os investidores apreensivos sobre possíveis interrupções no fornecimento do petróleo.
Por outro lado, especialistas da Oxford Economics esperam que os preços do petróleo permaneçam estáveis no curto prazo, devido ao crescimento econômico global fraco e ao aumento da produção por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A analista sênior do HSBC, Kim Fustier, observou que seria necessária uma redução contínua superior a 1 milhão de barris diários nas compras de petróleo russo pela China e Índia para causar perdas significativas nos mercados globais.

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