Economia
Petróleo sobe após pressão do Ocidente sobre Rússia e decisão da Opep+

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 8, impulsionados pela possibilidade de novas sanções do Ocidente contra a Rússia. Isso aconteceu apesar do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para aumentar a produção em seu encontro no domingo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,63% (US$ 0,39), alcançando US$ 62,26 por barril. Enquanto isso, o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,79% (US$ 0,52), chegando a US$ 66,02 por barril.
Depois do maior ataque da Rússia contra a Ucrânia desde o início do conflito, ocorrido no domingo, a União Europeia e os Estados Unidos iniciaram discussões sobre novas sanções adicionais contra Moscou.
De acordo com a Comissão Europeia, David O’Sullivan, responsável por sanções da UE, está em Washington acompanhado por uma equipe de especialistas para avaliar as medidas possíveis. Em contrapartida, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que nenhuma sanção poderá obrigar a Rússia a modificar sua posição sobre a Ucrânia.
Diante deste cenário geopolítico tenso, a decisão dos oito países membros da Opep+ de aumentar a produção em 137 mil barris por dia (bpd) ficou em segundo plano. Com esse ajuste, o grupo começa a reverter parte do segundo pacote de cortes voluntários na produção, que somava 1,65 milhão de bpd, um ano antes do previsto.
Embora o volume pareça pequeno, a mensagem da Opep+ é clara, segundo a Rystad Energy. Ao permitir a entrada de mais petróleo no mercado, que já tende a ficar com oferta excessiva em relação à demanda, o grupo mostra uma postura agressiva, em vez de defensiva.
“Nos próximos dias, os operadores do mercado de petróleo irão ajustar suas expectativas frente a essa mudança. Espera-se volatilidade nos preços do Brent, com preços mais baixos sendo tolerados, porém o controle da Opep+ sobre a oferta volátil permanece firme”, destacou a consultoria.
Além disso, a Saudi Aramco decidiu reduzir os valores do petróleo vendido para Europa, Estados Unidos e Ásia, o que também chama a atenção dos investidores.

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