Economia
Petróleo sobe com dúvidas sobre paz na Ucrânia e reunião da Opep
Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 24, em alta, com investidores analisando as mensagens confusas entre a Rússia e os Estados Unidos sobre o conflito na Ucrânia, além das expectativas para o encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) agendado para o final da semana.
O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), terminou o dia com alta de 1,34% (US$ 0,78), cotado a US$ 58,84 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), subiu 1,25% (US$ 0,78), alcançando US$ 62,72.
Pela manhã, o preço do petróleo recuou após o presidente dos EUA, Donald Trump, indicar um possível avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia. Contudo, o valor voltou a subir quando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscou não recebeu nenhuma confirmação oficial sobre as discussões realizadas em Genebra a respeito de um acordo de paz para o Leste Europeu.
A principal porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, ressaltou nesta segunda-feira que ainda há muito a ser feito antes de um acordo completo, apesar dos recentes progressos nas conversas. Segundo o Deutsche Bank, o desdobramento mais importante geopoliticamente no conflito pode ser a resposta da Ucrânia ao “ultimato”, enquanto os EUA aparentam estar abertos a negociações durante o fim de semana.
Desenvolvimentos acerca de um possível tratado de paz são cruciais para o mercado do petróleo, especialmente diante da grande incerteza sobre os efeitos das sanções impostas recentemente às empresas petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, conforme analisam especialistas do ING.
A ANZ destaca que ainda há preocupações sobre a maior oferta da Opep no mercado e, independentemente do resultado das negociações na Ucrânia, existem dúvidas crescentes sobre a eficácia das sanções americanas.


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